Uma equipe da Gerência de Perícias em Áudio e Vídeo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) analisou as imagens das câmeras do circuito interno de segurança de um posto de combustíveis de Cuiabá-MT, para auxiliar no trabalho de investigação do caso do soldado da Polícia Militar, Ricardo Ferreira de Azevedo, que foi morto no local baleado por um colega de farda. O trabalho da perícia foi realizado na noite desta segunda-feira (5).
O objetivo da perícia é responder aos quesitos demandados pela autoridade requisitante relacionados às imagens registradas pelas câmeras de segurança do posto, como, por exemplo, obter a distância da viatura até a vítima, as condições de visibilidade do atirador no momento do disparo, se no momento do disparo a viatura estava em movimento, dentre outros.
Os dados coletados durante a análise serão sobrepostos e confrontados com as imagens registradas no dia da ocorrência. Os trabalhos se iniciaram às 20h e terminaram às 23h.
Soldado foi confundido com criminoso
O caso em questão ocorreu em 28 de maio de 2020. Ricardo, que atuava no setor de inteligência da corporação, estava descaracterizado e dava apoio a uma ação da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam) para abordar um motociclista no posto, que fica no cruzamento das avenidas Mato Grosso e Historiador Rubens de Mendonça.
Uma equipe da Força Tática que passava pelo local avistou a situação e viu o soldado apontando a arma para o suspeito. Por achar que se tratava de um assalto, os agentes da FTPM resolveram intervir e, por não reconhecerem Ricardo, ordenaram que ele se entregasse. No entanto, o soldado não atendeu ao pedido e acabou sendo baleado.
Em seguida, um outro policial, que também estava envolvido na ação, disse à Força Tática de que ele e Ricardo eram policiais a paisana. O soldado foi socorrido às pressas e encaminhado para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Ele passou por uma cirurgia de emergência, mas não resistiu e foi a óbito na unidade de saúde.
Ricardo deixou a esposa e três filhos.