Cidades

Período proibitivo de queimadas começa na próxima sexta-feira

O período proibitivo de queimadas começa na próxima sexta-feira (15) em Mato Grosso e deve encerrar no dia 15 de setembro. A programação das atividades de combate a incêndio nos 60 dias de decreto será lançada amanhã pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) em conjunto com outros órgãos, como Corpo de Bombeiros e brigadistas responsáveis pela fiscalização de focos de fogo em áreas urbanas e rurais.

Conforme a Semana, de 1º de janeiro a 5 de julho, houve aumento de aproximadamente 32% nos focos de calor em relação ao mesmo período do ano passado. O percentual é inferior ao registrado no Brasil (41%) e nos estados da Amazônia Legal (59%), mas serviu de alerta para as atividades em Mato Grosso.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) apontam que 6.627 focos em todo o Estado até o fim da tarde esta quarta-feira (29), enquanto no mesmo período do ano passado, foram notificados 4.986 casos. Alta que coloca Mato Grosso novamente como campeão de queimadas no país.

Roraima, o segundo Estado no número de ocorrências, registrou no mesmo período menos da metade do número de focos (3.161). Quadro de acompanhamento do Inpe mostra que a situação de queimadas começa a se agravar em Mato Grosso a partir dos meses de junho e se estende até outubro, mesmo período em que fica em vigência o período proibitivo de queimadas.

Nesse intervalo, os balanços registram na maioria dos anos, a contar desde 1998, média acima de 1,1 focos de queimadas por mês. Dos últimos 18 anos, somente ano no ano passado Mato Grosso não ficou na liderança de casos no país; no entanto, permaneceu dentre os três maiores incendiários.

Segundo o Corpo de Bombeiros neste ano as condições climáticas se agravaram devido ao fenômeno El Niño, que se mostrou mais intenso em relação aos registros dos anos anteriores. O fenômeno provoca o clima seco por mais tempo, contribuindo para a propagação de chamas.

Essa alteração, contudo, não se sobrepõe aos casos de incêndios causados por ação humana, as queimadas em áreas residenciais para limpeza do terreno. Segundo os Bombeiros, 86,74% dos focos de calor estão concentrados em propriedades privadas – a área metropolitana de Cuiabá representa 0,44% dessa parcial. O restante é distribuído entre projetos de assentamento (4,28%), terras indígenas (7,02%), unidades de conservações federais (0,58%) e estaduais (0,94%). 

Reinaldo Fernandes

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