Não podemos dizer em que parte do corpo do Bernardo estava, mas a substância foi encontrada, afirmou a delegada responsável pelo caso, Caroline Virgínia Bamberg Machado. De acordo com a bula da medicação, o Midazolan é um sedativo usado para pré-medicação, indução e manutenção de anestesia.
A delegada ainda rechaçou a hipótese de o depoimento da assistente social Edelvania Wirganovicz, 40 anos, ser anulado. De acordo com a polícia, Edelvania confessou pariticipação no assassinato e ocultação do corpo de Bernado, informação negada pela defesa dela. Segundo o advogado Demetryus Eugenio Grapiglia, a assistente social teria auxiliado a madrasta a enterrar o corpo devido à pressão psicológica, mas não ajudou a assassiná-lo.
O defensor questiona a legalidade e a veracidade do depoimento devido à ausência de um advogado no dia em que o relato foi colhido pela investigação.
Não há qualquer chance dele (interrogatório) ser anulado. Os trâmites foram feitos dentro da lei, assegurou Carolina.Além disso, a possibilidade de o prazo limite para a conclusão do inquérito ser estendido, através de uma decisão judicial, perdeu força em razão da agilidade na obtenção de laudos periciais.Houve uma grande colaboração do IGP (Instituto Geral de Perícias). Trabalharam mais do que são pagos, ressaltou o chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Guilherme Wondraceck, que foi a Três Passos apoiar a investigação.
O inquérito sobre a morte de Benardo Uglione Blodrini, de 11 anos, tem depoimentos de pelo menos 100 pessoas, entre testemunhas, vizinhos, amigos, e suspeitos no caso que abalou Três Passos.Apesar de informações de mais de uma centena de pessoas já estarem incluídas nas páginas do inquérito, a investigação poderá ter o prazo limite de conclusão prorrogada, a partir de um pedido na Justiça.
G1