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Perícia confirma: Incêndio que vitimou crianças iniciou no fogão

A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso de Várzea Grande recebeu o laudo pericial da Perícia Oficial e Identificação Técnica (POLITEC) que concluiu que o incêndio que vitimou três crianças de 10, 7 e 3 anos de idade no dia 03 de maio, no bairro Jardim Paiaguás, em Várzea Grande, iniciou no fogão da residência.

O laudo pericial será enviado nesta sexta-feira (20) ao Fórum de Várzea Grande para juntada nos autos do inquérito policial já finalizado.

A perícia apontou provável causa acidental, onde foi verificado em exame que a válvula de regulagem do gás estava danificada e sem a válvula de alívio, o que sugere que tenha gerado um efeito “maçarico” junto ao botijão no momento do incêndio. Desse modo, à medida que o gás ia vazando, em contato com o fogo, ia aumentando a combustão.

Segundo o delegado à frente do caso, Cláudio Alvares Sant'Ana, a suspeita da causa do incêndio já havia sido levantada na oitiva de um dos menores que vivia na casa, de 13 anos, irmão e tio das vítimas. Em depoimento, o adolescente que estava na escola durante o incêndio contou que o irmão, J.E.N.O, de 10 anos costuma dar banho nos menores e também cozinhar para a família.

Num primeiro momento foi cogitada a possibilidade de uma vela ter propagado o fogo na casa, já que não havia energia elétrica no local. Outra linha investigada foi a de um incêndio criminoso, uma vez que Gonçalina Neris de Almeida, 40 anos, mãe de duas das crianças mortas, afirmou em interrogatório ter sido ameaçada anteriormente por desafetos.

“O laudo descarta o incêndio criminoso. O fogo se propagou de dentro para fora da casa”, afirma o delegado, que também recebeu na tarde de quinta-feira (19) o exame de DNA confirmando a identidade das vítimas.

O delegado encaminhará tanto o laudo quanto o resultado do DNA para o Judiciário, a fim de juntado ao inquérito policial concluído no dia 12 deste mês.

Gonçalina foi presa em flagrante e continua reclusa no presídio Ana Maria do Couto May. Ela foi indiciada por abandono de incapaz qualificado com resultado morte e o pai, ex-marido da indiciada, Joilson de Oliveira, por abandono de incapaz, sem qualificante, e aguarda o andamento do processo em liberdade.

A adolescente de 17 anos, era mãe da criança de 3 anos, que morreu no incêndio. Na ocasião, a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) de Várzea Grande conduziu a menor à Promotoria no dia seguinte ao evento. Depois de ouvida pela Promotoria ela foi entregue sob a responsabilidade de uma tia.

O procedimento da DEA corre junto à Vara de Infância e Juventude de Várzea Grande.

Redação

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