O ex-prefeito de Rondonópolis e presidente regional do PPS, Percival Muniz (PPS), amigo íntimo do governador Pedro Taques (PSDB), afirmou que a população não quer mais um Executivo com o perfil atual – embora faça uma boa gestão.
Para Percival, o Estado que elegeu Taques como governador em 2014, atualmente tem outro cenário. “Naquele momento [Eleições 2014], a sociedade entendeu que eles precisavam de um governador com aquele discurso, aquela postura. Hoje, a população procura uma postura, principalmente, para o desenvolvimento do Estado”, afirmou o presidente do PPS Mato Grosso, na manhã desta quinta-feira (29), à Rádio Capital FM.
O socialista frisou que, neste novo cenário, um novo arco de alianças deve ser formado pelos partidos para a eleição 2018. “Acho que vai ser construída uma nova postura, um novo arco de alianças, uma nova circunstância política, que eu sinto que a população quer mais do que já tem. E o Governo Pedro está cumprindo o papel que se propôs, e esperamos que ele cumpra com bastante dedicação até o final”, ressaltou.
Percival explicou que em 2014 o Estado passava por uma instabilidade ética-política, já que haviam muitas denúncias de corrupção contra o governo Silval Barbosa (PMDB). “Naquele momento político existia um discurso forte de combate a corrupção, frear o mal uso dos recursos públicos, punir autoridades, era uma onda muito forte do Estado que não mandava por que estava roubando muito. E hoje a gente percebe que esta fase passou. Já se prendeu gente para tudo quanto é lado, e o desenvolvimento está paralisado”.
Ele defendeu que o perfil do novo gestor seja mais humano e próximo ao cidadão. "Nós temos que ter uma presidência no Estado, igual o Uruguai teve. A população quer um [José] Mujica de Mato Grosso. Alguém que seja parceiro, humilde, simples e ao mesmo tempo parceiro de cidadãos e cidadãs que estão construindo este Estado".
PPS
O Partido Popular Socialista, embora sem grande visibilidade no Estado, pretende surgir como alternativa neste novo momento no Estado, afirma Percival.
“O PPS é uma partido pequeno, influencia muito pouco e é um partido de construção do futuro. Do mesmo jeito que nós ajudamos a construir o governo do Blairo, do Dante, o próprio governo do Pedro, queremos ajudar a construir esse novo momento. Esse novo momento a gente percebe que está se exigindo uma postura e um posicionamento diferenciado do que vem até agora”, ressalta.
O momento, segundo Percíval, não exige que o partido tome uma colocação em oposição ou situação, mas sim, uma nova postura. “Pode ser até o mesmo governo, orientando de forma diferente e criando uma nova postura em relação ao desenvolvimento do Estado. Se assim não for, poderá também ser outra alternativa”, diz.
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