Nos últimos 10 anos, o Governo do Estado praticamente perdeu o controle sobre os incentivos, que somente em 2013 atingiram a casa dos R$ 1,3 bilhão, muito mais que o valor arrecadado em Imposto Sobre Circulação de Mercadorias, o ICMS.
No entendimento de Percival, independente de quem seja o próximo gestor do executivo estadual, ele deverá cortar drasticamente parte dos incentivos concedidos no Estado.
“Incentivo bom é aquele que agrega desenvolvimento. Por exemplo, você tem uma produção de algodão e precisa transformar em tecido. Então é válido incentivar uma tecelagem, que vai pegar o algodão produzido aqui e transformar em tecido, para que esse tecido já saia daqui transformado em roupa”, pontuou ele.
“Agora você incentivar fabricação de refrigerante, pegar dinheiro e incentivar pra fabricar cerveja, para fabricação de cadeira. Onde é que vãos parar com isso? Isso não tem lógica”, criticou o prefeito.
Percival ainda sugeriu que o Estado tem que “tirar dos R$ 3 bilhões de incentivos concedidos, pelo menos uns R$ 2 bilhões”.
Transferindo recursos
O prefeito de Rondonópolis sugeriu ainda, que esses recursos sejam aplicados na área da saúde e também na educação. “Tá na cara que essa parcela tem que ser transferida para a saúde que é uma carência grande e na transferência de conhecimento”, comentou ele.
O gestor alegou que ao invés de conceder incentivos descontroladamente, o Governo “deve é incentivar as pessoas a preparem seus para se qualificarem, pois só assim eles terão oportunidades de trabalho”.
Percival ainda completou dizendo que “investir na transferência do conhecimento é uma tarefa primordial. Aí você não está olhando a futura eleição, mas sim as futuras gerações. Temos que ter um governante não só com visão eleitoral para os próximos quatro anos, ele precisa ter uma visão de gerações para mudar o Estado”.
Na edição 502, o Circuito ouviu alguns dos candidatos ao Governo sobre a política de concessão de incentivos fiscais que eles pretendem aplicar no Estado. Confira
