Mulher usa máscara par se proteger da poluição em Pequim (Foto: Damir Sagolj / Reuters)
Pequim, na China, amanheceu outra vez sob uma densa nuvem de poluição. O fenômeno desta terça-feira (1º) se estende até o norte do país.
A visibilidade é ruim e há perigo para a saúde.
A cidade está desde domingo (29) sob alerta laranja, o segundo mais alto. Isso dignifica que fábricas devem diminuir a produção e a população deve evitar sair de casa.
A qualidade do ar só deve melhorar no fim desta terça, após a chegada de uma frente fria que pode limpar a névoa.
O índice de nível de poluição divulgado pela embaixada dos Estados Unidos em Pequim, geralmente usado como referência, indicava às 13H00 uma densidade de 621 partículas finas por metro cúbico de ar, mais de 24 vezes acima do teto (25) fixado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A poluição recorde coincide com a conferência de Paris sobre o clima, a COP21, na qual o presidente chinês Xi Jinping pronunciou um discurso em que pediu aos países ricos que "estejam à altura de seus compromissos", em particular financeiros, para ajudar os países em desenvolvimento a lutar contra o aquecimento global.
As partículas penetram nos pulmões e provocam centenas de milhares de mortes prematuras na China a cada ano.
Com a situação, as autoridades ordenaram o fechamento de 2.100 fábricas altamente poluentes e a paralisação de obras. Também recomendaram à população que permaneça em casa.
O trânsito segue em ritmo normal, com exceção dos caminhões, que foram proibidos de circular na região.
O governo também cancelou 30 voos e as viagens de ônibus interurbanos.
Fonte: G1