O estudo é referente a 2012 e faz parte da avaliação dos resultados das políticas públicas cujo objetivo é verificar se a administração estadual tem alcançado êxito em nas ações voltadas para melhorias na qualidade de vida da população nas mais diversas áreas, como educação, saúde, segurança, habitação, meio ambiente e transporte, dentre outras, feita pelo TCE desde 2011, ano em que o Tribunal passou a inserir nos pareceres prévios dos gastos dos gestores uma análise do desempenho dos serviços oferecidos pelo Estado.
No caso específico de Várzea Grande, preocupa o fato de cinco entre sete indicadores do levantamento apresentarem índice “muito ruim”. Desses cinco quesitos, quatro reuniram os piores desempenhos do Estado: violência letal intencional, furtos e roubos de bens patrimoniais (incluindo veículos), homicídios de crianças e adolescentes (0 a 18 anos) e homicídios de jovens (19 a 29 anos).
A taxa de homicídios de mulheres é a segunda maior de Mato Grosso. O município vizinho de Cuiabá recebeu avaliação de 0,92 nesse quesito, em gradação que vai de 0 a 1. Nesse caso, quanto mais próximo do “1”, mais grave o problema.
Ainda de acordo com os indicadores que medem os níveis de segurança da cidade, quatro quesitos entre sete avaliados, e que tiveram classificação de “muito ruim” ou “ruim”, são de crimes relacionados a homicídio, destacado no relatório como “a última e mais grave consequência de um ato de agressão e/ou violência praticada por terceiros”.
Já a capital dividiu com Sinop (501 km de Cuiabá) a segunda colocação de cidade mais violenta de Mato Grosso: ambas obtiveram índice de 6,05 e apresentaram classificação “muito ruim” ou “ruim” nas modalidades de crimes contra o patrimônio (exceto veículos), homicídio de jovens de 19 a 29 anos e homicídio de crianças e adolescentes de 0 a 18 anos. Além destes, a taxa de homicídio de mulheres em Cuiabá e violência letal não intencional no trânsito, no município do norte do Estado, também tiveram desempenho preocupante.
As regiões menos violentas, segundo o TCE, compreendem Água Boa, com índice de 4,82 e Alta Floresta, que recebeu 4,59 do estudo.