Pela primeira vez na história, Mato Grosso produziu mais milho do que soja na safra passada e a tendência, segundo os especialistas, é de que o cereal tome distância na liderança da produção de grãos no estado.
Porém, a soja não está em segundo plano. Atualmente, as duas culturas têm importância para a renda do produtor.
Segundo o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, os principais desafios que os produtores devem enfrentar em 2023 são o preço, já que muitos não comercializaram grande parte dos volumes, e os custos de produção da safra 2023/24.
“A safra de novembro de 2021 foi marcada por um período seco, de amplitude maior no estado de Mato Grosso, se comparado com o ano de 2022. Já o mês de dezembro foi mais marcado por volumes de maior intensidade, com maior frequência, o que acabou dando maior suporte para as lavouras nessa temporada”, disse.
Ainda de acordo com Gauer, o produtor tem vendido menos por conta dos custos elevados e, principalmente, pela queda de preços consecutivos mês após mês.
“Mas como o mercado está mudando, os produtores estão bem animados com a entrada das usinas, o mercado doméstico, a oferta e demanda mais balanceada, realmente estimulando o aumento da produção de milho aqui no estado”, explicou.