O governador de Mato Grosso Pedro Taques (PSDB) oficializou na manhã deste domingo (05), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá, a sua reeleição ao cargo majoritário no estado. Foii anunciado como vice-governador em sua candidatura Rui Prado, também do PSDB.
Durante o discurso, Pedro Taques falou das dificuldades em que encontrou o estado e enalteceu que muito foi feito, mas ainda tem erros que serão corrigidos.
“Quando assumi o governo, encontrei o estado quebrado, arrasado e roubado. Estado este que as pessoas tinham vergonha de sair e dizer que eram de Mato Grosso. Só nos sabemos a dificuldade que enfrentamos. Tiramos da cegueira 70 mil pessoas, construímos 40 escolas em tempo integral, cuidamos dos mais humildes e mais pobres”, disse.
“Mato Grosso não está 100%, precisamos evoluir na saúde, construir mais escolas e estradas. Durante esse tempo que fiquei a frente de Mato Grosso, o estado avançou, eu não desanimo e não perco a esperança, porque vamos continuar no caminho correto. Não adianta vir com arrogância e salto alto, Mato Grosso não pode olhar pra trás, tem que seguir para frente, não pode parar e temos que resolver os problemas da sociedade”, pontuou o candidato a reeleição.
Taques ainda agradeceu o apoio de sete partidos que compõe a chapa até o momento.
“Quero aqui agradecer aos partidos PPS, PSL, PSB, PRP, Solidariedade, Patriotas e Avante, e estamos conversando com mais dois partidos para firmar aliança. Para quem dizia que estávamos sozinhos, mas o nosso acordo maior é com o povo, é com o cidadão, que são os que mais precisam no estado”, finalizou Pedro.
Rui Prado aceitou o desafio de ser vice do Pedro Taques e relembrou o passado, quando tinha opinião divergente a do governador.
“Tem gente q acha estranho eu estar ao lado do Pedro por questões eleitorais do passado, mas quero dizer que sinto honrado pelo seu convite e se não fez mais, é porque pegou esse estado quebrado, estamos juntos por Mato Grosso”.
O candidato a vice ainda frisou que o maior desafio que ainda está sendo discutido é trazer novos recursos ao estado.
“Eu quero dizer para vocês que estamos discutindo nessas eleições, onde vamos trazer nossos recursos para o estado. A juíza Selma o Nilson Leitão estarão conosco nessa jornada de melhorar Mato Grosso ainda mais”.
Compondo ainda a chapa, estarão os candidatos a senado Nilson Leitão (PSDB) que foi eleito deputado federal pela segunda vez em 2014, e citou as dificuldades de fazer política nos dias atuais.
“Fazer politica hoje tem sido uma profissão de risco, tem sido difícil, já passei por provações e a politica é a arte de você explicar, e todo dia tomar um balde de humildade. A maior malandragem da política é ser ético, falar a verdade e não mentir para o seu povo e isso ensino aos meus filhos”, falou o candidato do PSDB ao senado.
A outra vaga do senado que será apoiada por Pedro Taques é a da ex-juíza Selma Arruda (PSL), que falou que buscará mais verbas ao estado que é um grande produtor do País.
“Meu combate no Senado Federal será contra essas quadrilhas, como as que existiam em Mato Grosso, vou combater a corrupção a sonegação fiscal e buacar o equilíbrio da distribuição de renda. Mato Grosso é um celeiro e vai cobrar que a renda venha com mais força ao estado, e vamos cobrar o apoio para a família tradicional brasileira, que não podemos perder”, pontuou.
Pedro Taques tentará a reeleição com 50% menos de apoio de outros partidos, em um cenário totalmente diferente do que aconteceu em 2014, e o fato foi lembrado por Nilson Leitão e reforçado por Rogério Salles (PSDB) que já foi governador de Mato Grosso por um período de 10 meses.
“Para montar esse grupo teve muita dificuldade, eu disse ao Pedro que ia esvaziar na eleição o nosso grupo. Em 2014, nos elegemos com 14 partidos naquele momento, o Pedro era popstar, todos queriam estar ao seu lado, mas sabemos que na política companheiros de verdade e para todos os momentos são poucos e frisei que se sobrasse alguém seria eu”, comentou Nilson Leitão.
A chapa que terá concorrendo aos principais cargos, em sua maioria candidatos do PSDB, é vista por Rogério Salles como uma escolha de Pedro Taques, que não fez uma gestão com política.
“Essa dificuldade de alianças, eu já falei algumas vezes, o Pedro optou por fazer um governo, não fazendo muita política e agora, na hora de definir uma coligação, isso pesa e esse é o preço que se paga pela opção que foi feita, de não fazer um governo político”.
“Muitos que estavam na posição debandaram para uma chapa alternativa, mas mudanças na forma de fazer política têm um preço. O Pedro Taques optou por pagar esse preço, e vamos ver o resultado. Espero que essa opção que ele fez dê bons resultados e ele consiga a reeleição”, completou Salles.
Vídeos contando a trajetória de Selma Arruda e Pedro Taques foram apresentados aos eleitores, imprensa e correligionários que se fizeram presentes,. Neles, mostrou o combate da ex-juíza e do ex-procurador da república contra o crime organizado e as ameaças de mortes que ambos sofreram.
Além dos vídeos, os candidatos reforçaram em suas falas o combate a corrupção e que na chapa não tem criminosos ou ficha suja.
“Pedro pegou o estado em seu pior momento, pois estava pegando uma herança de crise e corrupção neste estado, e acabou com uma quadrilha que eu ajudei a prender, queria ver quem faz mais que Pedro fez”, falou a juíza se referindo aos seus trabalhos a frente da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, que prendeu políticos de gestões anteriores.
Leitão também falou do orgulho de estar ao lado de Pedro e salientou a índole do atual mandatário do estado. “Pedro, você foi o mecânico dessa máquina, fez muito, mas não fez tudo ainda. Você não é corrupto, você não é ladrão”, enalteceu Nilson.
Para finalizar, Taques disse que deixou para trás o salário de R$ 30 mil no Ministério Público Federal (MPF) para se dedicar a Mato Grosso.
“Atuei no MPF ajudei, a combater a corrupção no estado, e quando sai do MPF não aposentei, não me licenciei, e deixei para trás um salário de quase 30 mil por amar Mato Grosso”.