Jurídico

Pedro Taques e Sangalli estão livres de depor em processo

Com três votos a favor e dois contra o conselho da ação militar que apura os grampos telefônicos ilegais em Mato Grosso dispensou nesta sexta-feira (16) o governador Pedro Taques (PSDB) de depor como testemunha. A publicitária Tatiane Sangalli, apontada com suposto afer sentimental do ex-secretário Paulto Taques e pivô de muitos grampso ilegais também foi dispensada . 

O juiz Murilo Mesquita Moura votou pela manutenção de Taques como testemunha e foi acompanhado por apenas um coronel. Já os outros três coronéis do Conselho foram favoráveis a dispensa de Taques. 

O Ministério Público Estadual também foi favorável a dispensa. O governador havia sido arrolado pela defesa do cabo Gérson Luiz Correia Júnior, apontado como operador do esquema de escuta telefônica ilegal no Estado.

Livres da prisão 

Outra decisão da tarde de sexta foi a liberação dos coronéis da Polícia Militar, Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, e Ronelson Barros, também réus na ação, das prisões domiciliares. Assim como na dispensa de Taques, foram 3 votos a 2 pela soltura dos oficiais que estavam “presos em casa”.

Os advogados dos coronéis pediram a extensão do habeas corpus concedido ao cabo Gérson pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por unanimidade, na última quarta-feira. Todos vão cumprir medidas cautelares.

As medidas as serem cumpridas são: monitoramento por tornozeleira eletrônica; apresentação mensal a Justiça uma vez por mês para apresentar atividade; proibição de deixar Cuiabá ou Várzea Grande sem autorização prévia da Justiça; não manter contato com testemunhas e demais réus do processo; e recolhimento domiciliar no período noturno e integral nos finais de semana. Nesta sexta-feira, prestou depoimento o delegado-geral da Polícia Civil, Fernando Vasco.

Provas contra si mesmo

Os advogados do governador Pedro Taques haviam pedido sua dispensa desde a sua intimação em 06/02.  A alegação é similar a de seu primo e ex-secretário de Estado Paulo Taques,  que afirmou que está sendo investigado pelos mesmos fatos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Logo, o entendimento é de que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. 

O Conselho que se reuniu nesta sexta-feira Fórum de Cuiabá é formado pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Militar (relator do caso), e pelos coronéis Elierson Metello de Siqueira, Valdemir Benedito Barbosa, Luiz Cláudio Monteiro da Silva e Renato Antunes da Silveira Junior.

 

Redação

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