O ex-governador Pedro Taques, postou na sua conta de Instagram nesta 6a-feira, 8, feriado em homenagem ao Dia da Justiça, um desabafo comemorando o que chamou de “a vitória da Justiça sobre os males que tentam matá-la”. Em seu perfil, com uma ilustração de São Jorge, Taques escreveu:
“Hoje é o dia da Justiça, nessa imagem São Jorge é Ela, o dragão são os males q tentam mata-la, feri-la, mancha-la. Nesta semana q está acabando, eu os meus sócios do @afgetaquesconseguimos arquivar o último dos 10, vou escrever: DOS DEZ inquéritos policiais q contra mim foram requisitados a Polícia Federal em razão de uma delação premiada caluniosa. Fui procurador da República por 15 anos, estudei acordos de colaboração na Itália e nos EUA. Fui Senador da República e trabalhei no projeto de lei q resultou na Lei da delação. Fui governador e fui vítima de delações caluniosas. Agora sou advogado, e junto com meus sócios, provamos a VERDADE, q aqui é sinônimo de JUSTIÇA, o São Jorge. Ninguém está acima da Constituição nem das leis, notadamente homens públicos como eu. Por isso, aguardei o último arquivamento para me manifestar. Na semana q vem começo a postar alguns vídeos sobre os fatos, juntando todos os documentos. Paz e bem. E Justiça também!”
Este último inquérito e os outros nove inquéritos policiais foram abertos com base na delação premiada realizada pelo empresário Alan Malouf contra Pedro Taques.
Desde 2016, Malouf que foi aliado e participante ativo da campanha e gestão de governo de Pedro Taques, fez uma série de acusações contra o ex-governador. Desde prática de corrupção passiva, formação de quadrilha e caixa 2, até falsidade ideológica. Tais denúncias feitas ao Ministério Público Federal, resultaram em acordo de delação premiada, que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal, em 2018.
Em seus depoimentos, Malouf acusou Taques de caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2014, por meio de doações de vários empresários que não seriam registradas, e utilizadas para pagar despesas.
Malouf também acusou Taques de pedir essas doações e oferecer, em troca, contratos com o Governo do Estado, caso vencesse a disputa – o que configuraria em crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção.
Todos os dez inquéritos foram arquivados por falta de provas.
Veja post de Taques.