Política

PEC do Teto não será votada a tempo para Estado entrar em plano de auxílio financeiro

O governo estadual não conseguirá entregar sua proposta de entrada no plano de ajuda financeira pelo governo federal. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Teto dos Gastos deve entrar em pauta do plenário da Assembleia Legislativa para segunda votação nesta quarta-feira (22) e, em seguida, tramitar por mais dez dias na Casa para voltar para a terceira e última apreciação devido às mudanças presentes no substitutivo integral do projeto original. O prazo para os Estados se manifestarem sobre a ajuda termina no dia 30.

“Infelizmente, não vai dar tempo de o governo apresentar o pedido ao governo federal a tempo. Ele [governador Pedro Taques] terá que voltar para a conversa com o presidente [Michel Temer], explicar que não foi culpa do Executivo pelo atraso, mas que houve atraso na tramitação na Assembleia”, disse Dilmar Dal Bosco (DEM), líder do governo no Legislativo.

O substitutivo integral, com mudanças desde o tempo de contenção de gastos, que passou de dez para cinco anos, a permissão de revisão salarial de servidores deve foi analisado por comissão especial da Assembleia Legislativa nesta semana e o texto poderia entrar em votação a partir desta terça (21). Mas, devido o tempo necessário para a revisão final do texto, é provável que esteja pronto para apresentação em sessão amanhã.

“De hoje para amanhã o texto deve entrar em votação. Acredito que está mais para amanhã. Depois dessa votação, o substitutivo integral deve ficar mais dez dias na Casa para revisão final para ir para mais um votação”, disse Dal Bosco.

No final de 2016, a Lei Complementar que trata da renegociação das dívidas dos estados com a União foi sancionada com vetos ao trecho que tratava da recuperação fiscal, que acabou por retirar, durante o trâmite no Congresso Nacional, as contrapartidas a serem feitas pelos estados para a renegociação das dívidas. Na avaliação do Planalto, essas mudanças acabaram por descaracterizar a proposta inicial, o que comprometeria o ajuste fiscal planejado.

A lei complementar estabelece o Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal e medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal das unidades federativas. As contrapartidas que estavam previstas antes das alterações no Legislativo eram pré-condições aos estados em troca do alongamento do prazo de suas dívidas, bem como da suspensão e posterior retomada gradual do pagamento das parcelas. A Câmara dos Deputados acabou por retirar as contrapartidas propostas pelo Executivo para os entes federativos.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões