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Peão de fazenda fica gravemente ferido após sofrer ataque de onça-pintada no Pantanal do MS

Um trabalhador rural de 28 anos foi atacado por uma onça-pintada, na noite deste sábado, 4, em uma fazenda, na região do Pantanal, em Corumbá, em Mato Grosso do Sul. Ele estava a cavalo, mas mesmo assim sofreu mordidas e arranhaduras nas pernas, braços e cabeça. A vítima foi socorrida em estado grave pelo Corpo de Bombeiros e levada em um helicóptero do Exército para um hospital de Campo Grande.

Conforme o Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul, o peão foi atacado no início da noite, em uma área da Baía do Mineiro, na região do Paiaguás, no Pantanal sul-mato-grossense. O local do ataque fica a 45 km da Base Avançada de Lourdes, onde quatro bombeiros militares atuam de forma permanente na prevenção e combate a incêndios. Eles foram acionados e se dirigiram ao local.

A vítima, Flávio Ricardo do Espírito Santo, apresentava diversos ferimentos pelo corpo, com cortes profundos na região da cabeça e na perna esquerda, e apesar disso, tinha sinais vitais estáveis e estava consciente e orientado. O rapaz foi transportado para a Santa Casa de Campo Grande por um helicóptero do Exército, com apoio de um médico e um enfermeiro, bombeiros militares.

Segundo nota dos do Corpo de Bombeiros, o acionamento da aeronave ocorreu de forma integrada entre as forças de segurança estaduais e o Exército brasileiro, garantindo o resgate do paciente em um local isolado, para atendimento médico adequado. A vítima chegou a Campo Grande por volta da meia-noite. Neste domingo, 5, o peão continuava internado, mas já não corria risco de vida.

O ataque será apurado pela Polícia Militar Ambiental do Estado. Segundo depoimento de um colega que acompanhava a vítima em outro cavalo, o ataque aconteceu quando eles passaram perto da carcaça de um animal morto, que provavelmente era consumida pela onça-pintada.

Ataque e morte em abril

No dia 22 de abril deste ano, o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, morreu após ser atacado por uma onça-pintada, em um pesqueiro de Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. O felino arrastou a vítima e devorou parte do corpo. Os restos foram localizados no dia seguinte. A onça-pintada foi capturada, tratada e agora vive em cativeiro no interior de São Paulo.

De acordo com o Instituto Onça-Pintada (IOP), o número desses animais foi reduzido em mais de 50% de sua distribuição geográfica original e a espécie está ameaçada de extinção em quase todos os biomas brasileiros. As principais ameaças são a caça ilegal da onça e suas presas, e a falta de diversidade genética devido à fragmentação do habitat.

Com a escassez de suas presas naturais, como mamíferos silvestres, a onça-pintada pode ser compelida a atacar criações domésticas, como o rebanho bovino, e acaba se aproximando do homem, quando podem acontecer ataques, que são raros.

Conforme a Polícia Ambiental de MS, em regiões turísticas, como o Pantanal, a onça-pintada é atraída para ser vista e fotografada pelos visitantes, por isso há pousadas e empreendimentos que mantém cevas – espaço em que são colocados alimentos – para atrair esses animais. A ceva é proibida tanto pela legislação federal, como por lei do Estado de Mato Grosso do Sul.

Estadão Conteudo

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