Política

Paulo Taques seria fonte de denúncia contra a vida do governador

Foto: José Medeiros/Secom MT

 

O ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, é apontado como fonte de denúncia de que o governador Pedro Taques (PSDB) teria sofrido ameaça de morte. A informação está em depoimento dado pela delegada Alana Cardoso ao secretário Rogers Jarbas (Segurança Pública) em 26 de maio.

As informações são do site RD News, que teve acesso ao documento registrado com três páginas pela Sesp. A delegada Alana Cordoso afirma que, em março de 2015, foi procurada pela então secretária-adjunta de Inteligência, delegada Alessandra Saturnino, e recebeu o pedido de investigação a uma suposta ameaça ao governador ligada a uma amante de Paulo, primo de Taques.

Essa amante estaria em contato com o ex-bicheiro João Arcanjo, preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO), em uma suposta trama contra o governador.

Conforme depoimento da delegada Alana Cardoso, a secretária de Inteligência teria intermediado um pedido de Paulo Taques. Ele teria cobrado celeridade e discrição na investigação “dada a sensibilidade” da situação.

Devido às suspeitas, dois telefones supostamente identificados como de envolvidos na trama tiveram pedido de interceptação solicitada. Um seria de Tatiana Sangali Padilha, apontada como a amante de Paulo Taques; o outro, de Caroline Mariana dos Santos, à época, secretária do ex-chefe da Casa Civil.

“[..] tinha a notícia de que a investigada estaria indo visitar João Arcanjo naqueles dias e que como não havia nenhum documento que pudesse subsidiar a instauração de uma medida cautelar, foi ponderada a possibilidade da inserção dos dois números na Operação Forti, cujo a prorrogação estava sendo promovida, até que pudéssemos instaurar um inquérito", diz ela a delega no depoimento.

Um relatório que serviu para instauração do inquérito foi elaborado e integrou investigados na Operação Querubim, da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado). Ainda conforme o depoimento da delegada Alana Cardoso, nenhum documento foi produzido na apuração do caso por falta de conteúdo que levasse à suposta trama.

“Essa operação foi considerada altamente sigilosa e, por isso, não foi dada a ciência de nenhum servidor da Diretoria de Inteligência (DI), pois na época os dois diretores da DI estavam ausentes e por este motivo não foram informados".

Ainda no depoimento, a delegada negou que tenha infringido alguma lei ao dar início ao inquérito, visto que seguiu instruções sobre o suposto caso de suspeita de atentado contra o governador.

Alana Cardoso afirmou que a inserção de dois números telefônicos no pedido de quebra de sigilo no âmbito da Operação Fortis, mesmo sem qualquer tipo de envolvimento com  a investigação, foi realizado com a anuência da ex-secretária-adjunta de Inteligência da Segurança Pública, Alessandra Saturnino.

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Reinaldo Fernandes

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