O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso disse, por meio de nota a imprensa, que tenha qualquer envolvimento nos crimes investigados pela Operação Ararath, desencadeada pela Polícia Federal. Prado se manifestou pois seu nome foi mencionado, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli , encaminhar ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso as investigações diante do foro de membros do Ministério Público.
A ação que tratou o ministro, são fases anteriores da Operação Ararath, onde além de Prado, são investigados no Tribunal de Justiça o promotor Marcos Regenold e o juiz Roberto Teixeira Seror. Segundo a informação contida na nota, o chefe do MP teve seu nome citado, por conta da ligação entre Regenold e o ex-secretário Eder Moraes, principal investigado pela Polícia Federal.
Paulo Prado destacou ainda que a decisão do ministro do STF não determina nenhum tipo de investigação contra membros do Ministério Público. Segundo ele, Tóffoli reconheceu que o STF não tem competência para dar andamento no caso, pois o foro de membros do MPE é o Tribunal de Justiça.
Veja a nota do procurador-geral:
Diante da matéria veiculada no Jornal A Gazeta que circula nesta sexta-feira (4), sob o título “Toffoli manda investigar Prado”, o procurador-geral de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado esclarece:
1º – O seu nome foi citado em razão de uma suposta ligação entre o Promotor de Justiça Marcos Regenold, que à época atuava no GAECO, e o réu Éder Moraes. São fatos antigos que foram devidamente esclarecidos no julgamento de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado contra o referido Promotor de Justiça, que foi absolvido pela Corregedoria Geral do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A decisão foi publicada no dia 24 de novembro de 2015.
2º – O entendimento da Corregedoria Nacional do CNMP, cuja decisão foi amplamente divulgada pela imprensa mato-grossense, foi de que os autos não trouxeram nenhum fato que vislumbre qualquer violação administrativa ou penal do citado Promotor de Justiça.
3º- O Procurador-Geral de Justiça afirma estar tranquilo por não existirem fatos novos, além dos que já foram investigados pela Corregedoria Nacional do CNMP e Corregedoria-Geral do Ministério Público. Esclarece, ainda, que a decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal não determina a realização de investigação a nenhum membro do Ministério Público, apenas remete o processo ao foro de origem reconhecendo que o STF não tem competência para dar andamento a matéria na esfera penal.