Opinião

Pau que dá cá, não dá lá. Por enquanto…

A Flotropi segue sendo incendiada pelas “alter”ações de seus dirigentes capitaneados pela anta que não sabia de nada. Dois tópicos dividem as opiniões da fauna em alvoroço: o mais gritante, o escândalo da Carboflora, ex-joia da coroa da floresta e orgulho produtivo durante décadas de seus então felizes habitantes e investidores.

Orgulho esse vilipendiado após o assalto recorrente e… morto! Quem afirma é o Achador Geral do reino ao  informar haver, inclusive, regras estabelecidas num documento similar ao regulamento  dos campeonatos do esporte preferido da bicharada definindo quem leva o que e como no bolo da ladroagem comissional. A comparação foi feita quando do envio à justiça florestal da denúncia contra seis empresas obreiras aditivadas, empreitadas para trabalhos de prospecção e desenvolvimento da Carboflora.

Parte dos responsáveis foi indiciada por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa Para tanto, foi pedida a condenação de quase 40 ladrões. Todos corruptores. Acontece que, já dizia o antigo ditado assim como “onde há fumaça, há fogo”, “onde há corruptores, há corrompidos” beneficiados. E a batata deles está assando a fogo brando nos caldeirões da polícia florestal. Mais cedo do que tarde, esperam os animais assistindo atônitos ao desenrolar das investigações, a coisa vai engrossar para os lados (são muitos) dessa corja corrosiva composta de abutres, hienas e outros partidários do conselho antal que, já está comprovado, conspurcou a Carboflora em bilhões de dinheiros e vergonha na cara.

A bicharada agora está mais tranquila porque sabe que o rombo extrapolou as fronteiras da floresta e já tem investidores de outras habitats naturais entrando na justiça lá de fora em busca do prejuízo perdido nas bolsas internacionais. Afinal, enganar os próprios habitantes é moleza! Mas mexer com quem acreditou na Carboflora mundo afora, são outros quinhentos…

Para desviar o foco da confusão interflorestal a anta e seus conselheiros deram voz e  lagrimas de crocodilo ao resultado da “Começão da Meia Verdade”, instituída para levantar e condenar parte dos responsáveis pelos atos de tortura e barbáries ocorridas durante os anos do milênio passado, a partir de 1946, na floresta.

Os especialistas da meia verdade concluíram que os revolucionários militares foram culpados de tudo: abusos, torturas e assassinatos. Só analisaram os atos que aconteceram a partir de 1964. Isso, apesar do inciso que determinava que os crimes cometidos “na sociedade”, ou seja, pelos terroristas também fossem investigados. Resumo da ópera bufa: na fabulosa “Começão Florestal”, pau que dá em Pedro não dá em Francisco. Seu presidente  ainda espera que o Pedro milico, assim como o Francisco papa, peça desculpas por seus atos! Vai esperar sentado, mesmo que seja numa caçada de espera para pegar a onça, quando ela for beber água na beira do berço esplêndido da Amazônia criminosamente desmatada no reino antal…

Entre um “dallario” e uma declaração imbecil de um parla-militar de que “não estupraria” uma opositora (que pede sua condenação por falta de decoro parlamentar pela reação do colega, após de chama-lo de estuprador) o que só pôs mais lenha na fogueira que arde ameaçando lamber o já combalido e desacreditado Congresso Florestal, a estratégia do eu não sabia governamental acabou indo cachoeira abaixo quando das fileiras trabalhadoras da Carboflora a Jiripoca começou a piar. A tal da volta do Aracuã pode fazer a limpa nas margens imundas e, se já levantadas ainda não divulgadas, da outra face da moeda podre da roubalheira carbônica florestal.

Diante de tanto trabalho meia boca, já tem quem sugira a suspensão da piracema e a liberação da pesca das piranhas e afins nos rios de lama contaminados da floresta, com a suspensão das férias congressuais, jurídicas e executivas dos altos mandatários locais. Afinal, férias amplas gerais e irrestritas são um ótimo motivo para viagens de só ida para o exterior… 

Valéria del Cueto

About Author

Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Essa crônica faz parte da série “Ponta do Leme”, do SEM FIM... delcueto.wordpress.com

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