Política

Pátio convoca presidente da JBS para falar sobre incentivos fiscais

Ahmad Jarrah

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da sonegação fiscal, José do Pátio (Solidariedade), convocou o presidente da empresa multinacional JBS para prestar esclarecimentos sobre incentivos fiscais que eles receberam na gestão passada. A declaração foi feita na manhã desta terça-feira (2), após a realização da abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa. 

Além do empresário a CPI deverá, por meio dos seus membros, vai visitar as seis empresas de grãos que teriam recebido incentivos de forma ilegal. As investigações revelaram que todas elas receberam de forma ilícita a concessão de benefícios fiscais que não tinha direito. “De principio ouvimos da nossa equipe técnica que todas as seis empresas investigadas na CPI, que fazem parte do regime especial, são laranjas e estão sobrevivendo em cima de liminares da justiça”, disse Pátio.

O deputado revelou ainda que os primeiros passos, na reabertura dos trabalhos neste ano, serão fiscalizar os supostos endereços das cooperativas de grãos.” A primeira ação da CPI será se reunir hoje (2) e ainda esta semana nós faremos uma diligência para visitar essas localidades, pois suspeitamos que são empresas de fachada. Também vamos nos reunir com o empresário e presidente da JBS, após ele ter sido convocado pela CPI. Ele estava na Holanda e agora nós aguardamos a presença dele na nossa CPI”, pontuou.

Pátio quer propor o fim do regime especial de concessão de benefícios fiscais ao governador Pedro Taques (PSDB). “Vou propor ao governador acabar com o regime especial, onde se encontra as cooperativas e limitar essa questão na comercialização de grãos. Pois está provado que esse regime é uma farra. Só uma empresa deu um rombo de R$ 1 milhão, ao Estado de Mato Grosso”, concluiu.

Prorrogação da CPI

O presidente da Comissão Parlamentar pedirá o adiamento da CPI, pois acredita que o prazo tenha sido insuficiente para a conclusão das investigações. “Pediremos que a CPI seja adiada pelo período de nó mínimo seis meses, pois encontramos muita coisa errada nesses meses de investigações”, disse.

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Ulisses Lalio

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