Na quarta-feira 20, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Casa, pediu à liderança do PSC para que o deputado deixasse o posto, após um protesto contra o pastor em uma audiência pública da Comissão.
Acusado de racismo e homofobia por declarações feitas em redes sociais, entre as quais chama os africanos de “amaldiçoados”, Feliciano declarou à rádio que defende mais de “50 milhões de evangélicos diretamente, além de um “sem número de pessoas que têm a mesma visão que eu.”
Desde que assumiu o cargo, o deputado têm sido contestado por grupos ligados a movimentos sociais e por diversos protestos realizados em todo o País.
Em meio a esse impasse, Henrique Alves prometeu nesta quinta-feira resolver o caso até dia 26. “Posso assegurar que esta Casa vai tomar uma decisão a curtíssimo prazo, porque a Comissão de Direitos Humanos, pela sua importância, não pode ficar neste impasse. Agora, passou a ser também responsabilidade do presidente da Câmara.”
Segundo ele, a permanência de Feliciano criou um clima de radicalização inaceitável. “Esta Casa tem de primar pelo equilíbrio, pela serenidade, pela objetividade, pelo trabalho parlamentar. E do jeito que está tornou-se insustentável”, afirmou.
Na noite de quarta-feira 20, Feliciano chegou a se reunir com André Moura, líder do PSC, após os protestos na Comissão. Moura, no entanto, afirmou não ter sugerido o afastamento do pastor. “Na verdade, há um apelo de toda a bancada para que ele faça uma avaliação daquilo que a sociedade está colocando, da voz que vem das ruas. Não podemos pautar nosso mandato, nem nossas decisões somente pelo que ocorre dentro do Parlamento”, disse ontem.
Moura ainda falou que o partido está preocupado, porque as manifestações, tanto contrárias quanto de apoio ao deputado, estão impedindo os trabalhos do colegiado. “Ele está eleito como presidente e só cabe a ele uma decisão. Ele se comprometeu a refletir sobre o assunto e a bancada está confiante de que tomará a melhor decisão.”
Fonte: Carta Capital