Num cenário de disparada do dólar (alta de cerca de 30% neste ano, 10% só em julho), as promoções de passagens aéreas continuam. É possível encontrar bilhetes para destinos internacionais, como Estados Unidos, com descontos que passam de 50%.
O trecho de São Paulo para Orlando, por exemplo, teve passagens de ida e volta nesta semana por R$ 962. No ano passado, o mesmo trecho custava R$ 2.000, em média, segundo Petterson Paiva, presidente do aplicativo e site de busca de passagens Voopter.
Ficou mais difícil encontrar descontos tão altos quanto no início do ano –em maio, o aplicativo mostrou bilhetes de ida e volta de São Paulo para Orlando por menos de R$ 500.
Segundo Paiva, o valor médio das passagens em promoção, hoje, é metade do valor das não promocionais.
Tanto para Orlando quanto para Nova York e Miami, o preço médio é de R$ 1.000 (ida e volta), ele diz.
Na segunda-feira (10), havia passagens de São Paulo para Orlando por R$ 962 e para Miami e Nova York por R$ 1.059, sempre ida e volta.
Nenhum dos preços mencionados inclui taxas.
Queda na procura faz preços caírem
Para Paiva, a alta do dólar continua fazendo com que a procura por passagens para os Estados Unidos caia. O movimento acontece desde o início do ano.
Por outro lado, a oferta aumentou muito nos últimos anos, de acordo com Leonel Rossi Júnior, vice-presidente de relações internacionais da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens).
"Uma queda de cerca de 10% na procura por assentos, como aconteceu no primeiro semestre, já desequilibra as empresas", diz. "Então elas preferem vender passagem com desconto porque o lugar vazio no avião não é como um produto numa prateleira. Aquele lugar elas perdem e não recuperam mais."
Baixa temporada nos EUA deve estimular promoções
E a tendência é que as promoções continuem acontecendo, segundo Paiva e Leonardo Marques, fundador do site de busca de promoções de passagens Melhores Destinos.
É que, até novembro, é época de baixa temporada no hemisfério norte, o que deve diminuir a procura por passagens ainda mais.
Fonte: UOL