O grupo de passageiros que estava no avião que não decolou continua hospedado em um hotel em Belém. Maria dos Anjos Jacob saiu de Manaus com a família e está preocupada com a possibilidade de perder um cruzeiro para a Noruega. “Se não chegarmos lá vamos perder 13 dias de excursão. É frustrante”, disse.
Com o incidente, a pista principal do aeroporto de Belém ficou interditada, mas voltou a funcionar nesta terça-feira (10), apenas para decolagens, segundo a Infraero.
Para os passageiros, o plano de viajar até a Europa teve que ser adiado. “A gente se programa todo, em uma alegria para chegar ao destino e cumprir nossos objetivos e de repente ocorre uma situação desta. Fica chato”, reclamou Manoel de Oliveira, cabeleireiro.
O advogado Itaceny Brasil se planejou para passar 15 dias na Europa, três deles em Londres, e a excursão já começou. “Os traslados do aeroporto lá em Londres e o hotel já estão pagos e estamos presos aqui sem saber uma posição definida da TAP”, disse.
Segundo a companhia aérea, 87 passageiros do voo foram direcionados para Lisboa através de voos domésticos, no entanto, o embarque ocorreu pelas cidades de Fortaleza, São Paulo e Recife. A empresa informou por meio de nota, nesta terça-feira (10), que os demais 29 passageiros devem ser realocados ainda hoje em voos para Portugal por São Paulo, onde há uma maior oferta de assentos.
Avião precisa de reboque
Em relação a aeronave, a TAP informou que aguarda a chegada de um equipamento que possa rebocar o avião da pista, e verificar se houve ou não avaria na mesma. Para essa operação a companhia direcionou 20 profissionais no local. A expectativa é que até o final do dia a pista seja liberada.
Desde dezembro de 2013 as companhias aéreas vêm suspendendo pousos e decolagens durante a chuva. Uma falha no sistema de drenagem acumula água na pista e compromete a capacidade de frenagem. Em janeiro deste ano, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) notificou o aeroporto internacional de Belém por conta das condições da pista principal. Obras foram realizadas, mas uma nova vistoria feita pela Anac no mês passado manteve as restrições de operação das aeronaves em dias de chuva forte ou moderada.
G1