Um deles é o morro ao lado do viaduto do Despraiado, localizado ao longo da Avenida Miguel, e que veio à tona ainda no ano passado após denúncia do Circuito Mato Grosso. As obras para conter o deslizamento da encosta ainda não foram iniciadas apesar da notificação do Ministério Público Estadual (MPE) e tampouco as famílias prejudicadas foram indenizadas.
Assim que terminou o período chuvoso, o barranco parou de deslizar, porém os riscos continuam e o conserto não deve sair por menos de R$ 2 milhões, como a própria Secopa já anunciou.
Outras obras também apresentam falhas pontuais, como na trincheira da Avenida Ciríaco Cândia com a Miguel Sutil, onde a água escorre por entre as lajes durante as chuvas. Esta semana uma laje se descolou da obra no viaduto do Tijucal.
“Não podemos afirmar se hoje há riscos de desmoronamento neste viaduto, porém, se as falhas não forem corrigidas, ao longo dos anos os riscos podem aparecer”, pontua o professor Luiz Miguel, que já teceu duras críticas à falha de 40 cm, detectada no viaduto da UFMT.
E completa: “Mais uma vez as obras da Copa estão com erros devido à falta de projeto e controle tecnológico. No caso especifico da obra do Tijucal, as fissuras que estão abrindo no final do viaduto e parede, que está fora do prumo, não irão causar nenhum dano maior como ocorreu em Minas Gerais, mas se não for reparado o mais rápido possível, será mais um prejuízo aos cofres públicos”
Ainda segundo o especialista, outro erro no Viaduto do Tijucal, além das laterais que estão tendo algumas rachaduras, é o asfalto que é de péssima qualidade. “O governo sempre diz que a empresa será responsável pelo conserto, mas até hoje não vi isso acontecendo”, completa.