A renovação de eleitos para a Assembleia Legislativa diminuiu, mas não tirou a robustez de partidos políticos tradicionais. Eles continuam como as siglas mais lembradas pelo eleitor. Quatro das legendas mais votadas nas eleições 2018 são aquelas já com longo espectro na política nacional – DEM, PSDB, PT e MDB (antigo PMDB).
O domínio da elite dos partidos grandes foi modificado, em Mato Grosso, somente pelo PSL (Partido Social Liberal), que recebeu a maior porcentagem de votos. O nanico, impulsionado pela onda pró-Bolsonaro, teve 16.469 votos de legenda, aqueles em que o eleitor não vota em um candidato específico, mas na sigla. Uma quantidade que representa 1,09% do total dos votos válidos.
As outras posições no ranking estão ocupadas pelos grandes. O Democratas é o principal deles, com 13.248 (0,87%). O partido comandado pelos irmãos Jayme e Júlio Campos ficou em segundo lugar na contagem por legenda, com menos de 1 ponto percentual abaixo do PSL.
O PSDB, mesmo com o fiasco na campanha para a majoritária e o fraco resultado nas proporcionais, ficou em terceiro lugar. Os tucanos em Mato Grosso tiveram 11.602 votos (0,77%). Eles são seguidos de perto pelo PT, outro grupo político em crise, mas que não deixou de abocanhar número o suficiente de votos para ficar dentre os mais lembrados – 10.600 (0,70%).
Em Mato Grosso, os petistas conseguiram eleger o ex-vereador Lúdio Cabral para deputado estadual, um nome que esteve apagado nos últimos anos no cenário político que contou com o apoio de militantes para alavancar sua campanha. Valdir Barranco foi reeleito para o mesmo cargo.
Na quinta posição está o MDB, que mudou a sigla por causa da crise do governo Michel Temer e a implicação de vários filiados em investigações policiais de crime de corrupção. O antigo PMDB recebeu 9.382 (0,62%). O partido é fortemente associado ao nome de seu presidente estadual, Carlos Bezerra, que está há mais de 15 anos no poder, e ao da deputada estadual reeleita Janaína Riva, a mais votada nas proporcionais.
Nanicos
Os partidos novos e nanicos continuam a ter resultado bem distante dos grandes. O PV (Partido Verde) e Psol (Partido Socialismo e Liberdade) não receberam nem meio por cento do total de votos válidos. A legenda dos verdes recebeu 1.980 (0,13%) e os socialistas de esquerda, 2.355 (0,16%).
O REDE teve desempenho mais fraco com registro de apenas 499 (0,03%). Os três partidos tiveram candidatos ao governo neste ano. O Psol em chapa pura encabeçada por Moisés Franz; PV e REDE em aliança puxada por Arthur Nogueira (REDE).
A chapa “Fé e Trabalho” que foi composta por seis nanicos – Avante, Solidariedade, Patriotas, DC, PRP, PRTB – recebeu 5.962 votos (0,39%). Essa quantidade foi quase alcançada isoladamente pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista).
