Um partidário da Irmandade, designada esta semana como organização terrorista pelo Estado, foi morto durante os choques, informaram funcionários do Ministério da Saúde.
O jornal estatal Al-Ahram disse que os confrontos começaram quando as forças de segurança jogaram bombas de gás para dispersar estudantes pró-Irmandade que bloqueavam a entrada de colegas nos prédios da universidade. Manifestantes jogaram pedras contra a polícia e colocaram fogo em pneus para conter o gás lacrimogêneo.
A emissora de TV estatal transmitiu imagens de uma fumaça preta saindo de um dos edifícios e disse que "estudantes terroristas" teriam colocado fogo no prédio da faculdade de Arquitetura.
Al-Azhar, um respeitado centro de estudos islâmicos sunitas, tem sido há alguns meses cenário de protestos contra o que a Irmandade chama de "golpe militar" que depôs o islamita Mohammed Morsi como presidente depois de um ano no cargo. Desde a deposição, em 3 de julho, as autoridades têm reprimido a Irmandade.
Banida de quaisquer atividades desde setembro, a Irmandade foi declarada terrorista na quarta-feira após um ataque suicida contra uma sede policial no Delta do Nilo. O governo disse que o movimento estava por trás do ataque – acusação que o grupo rejeita.
Essa é a medida mais recente contra o grupo, que já teve milhares de membros, incluindo seus líderes, presos e postos em julgamento. A violência deixou três mortos na sexta-feira, enquanto a polícia entrava em confronto contra manifestantes no Cairo, Minya e no Delta do Nilo.
Fonte: Último Segundo