"Minha esposa parou em um posto de gasolina para ele [o motorista da ambulância] tomar um energético, porque ele disse que não estava mais aguentando dirigir. Eu quero uma explicação de por que ele cochilou em menos de cinco horas de viagem", questiona Fernandes.
A suspeita da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também é que o motorista da ambulância tenha dormido ao volante. O acidente aconteceu por volta das 2h50, uma hora após a parada no posto de combustível, e deixou quatro mortos: o motorista da ambulância, de 33 anos, uma técnica de enfermagem de 42 anos, a mulher de Cícero, Josiária Carvalho dos Santos, de 19 anos, e o filho do casal, Daniel.
De acordo com Cícero, o veículo saiu às 22h30 de segunda-feira do Hospital Regional de Irecê, em direção ao Hospital Geral do Estado (HGE), na capital. A instituição de Irecê informou que o motorista da ambulância estava dentro do horário normal de trabalho, que era das 19h às 7h.
Agora, Cícero aguarda o resultado do exame de DNA para que os corpos sejam liberados. "É um pai que está desesperado, que perdeu a mulher e o filho. Eu quero enterrá-los", diz.
O acidente
Quatro pessoas morreram carbonizadas na madrugada de segunda-feira, no km 580 da BR- 324, na altura de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador.
Segundo a PRF, o motorista teria perdido o controle do veículo. O carro capotou diversas vezes e, logo em seguida, pegou fogo.
A equipe de emergência móvel da Via Bahia, concessionária que administra a rodovia, foi para o local do acidente. Os corpos das vítimas foram então encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica de Salvador (DPT), onde estão até o momento.
Globo.com