Internacional

Parlamento confirma vitória de Bashar al-Assad nas eleições na Síria

 
A corte constitucional da Síria havia afirmado anteriormente que a participação nas eleições da última terça-feira e de uma rodada anterior com expatriados foi de 73%.Autoridades sírias descreveram a prevista vitória de Assad como uma reivindicação de sua campanha de três anos contra os grupos armados que lutam para derrubá-lo do poder.A votação foi realizada nas áreas controladas pelo governo. Em regiões controladas por rebeldes não houve eleição.
 
Opositores de Assad classificaram as eleições como uma farsa e disseram que os outros dois candidatos não ofereceram nenhuma alternativa real e que uma eleição em meio a guerra civil não poderia ser considerada. Os Estados Unidos declararam que as eleições presidenciais na Síria são "uma vergonha".A guerra civil no país matou 160 mil pessoas, expulsou cerca de 3 milhões de refugiados e deslocou muitos outros dentro do país. 
 
Conflito de mais de 3 anos
A Síria enfrenta guerra civil desde março de 2011. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, a guerra já deixou pelo menos 162 mil mortos, entre eles 80 mil civis e 8,6 mil crianças. Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta, enfrenta uma rebelião armada que tenta derrubá-lo do poder.Inicialmente, a maioria sunita e a população em geral realizavam protestos reivindicando mais democracia e liberdades individuais. Com a repressão violenta das forças de segurança, o conflito se transformou em revolta armada, apoiada por militares desertores e por grupos islamitas como a Irmandade Muçulmana, do Egito, e radicais com o grupo Al-Nursa, "franquia" da rede terrorista da Al-Qaeda.
 
Os confrontos destruíram a infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária regional. Em agosto de 2013, um ataque em um subúrbio de Damasco com armas químicas atribuído ao regime foi considerado o mais grave incidente com uso de armas químicas no planeta desde os anos 1980. Um grande número de pessoas morreu com os ataques de gás sarin, segundo relatório da ONU.A guerra civil síria reviveu as tensões da Guerra Fria entre Ocidente e Oriente, por conta do apoio da Rússia ao regime sírio. Os EUA se limitam, oficialmente, a oferecer apoio não letal aos rebeldes e a fornecer ajuda humanitária.
 
Após proposto pela Rússia, a Síria colabora com a Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas) para uma operação conjunta de desarmamento químico no país.Segundo a ONU, mais de 2,7 milhões de pessoas já deixaram a Síria, principalmente em direção ao Líbano, Turquia, Jordânia e Iraque. No Brasil, refugiados chegaram com a esperança de um recomeço após perderem casa, emprego e segurança na Síria. Devido ao conflito, o Brasil passou a facilitar a obtenção do visto de turista para os cidadãos desse país. Em São Paulo, a comunidade se une para conseguir emprego e casa para recém-chegados.   
 
G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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