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Para não ser preso, Mantega admite fatos em acordo com procuradores

Para evitar a revelação, o então advogado de Cerveró, Edson Ribeiro -que também foi preso pela Lava Jato- orientou seu cliente a informar "falsamente que os valores foram destinados à campanha presidencial de Lula" em 2006.

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega assinou um acordo com o Ministério Público no Distrito Federal com o objetivo de não ser preso.

Segundo envolvidos nas tratativas, ele admitiu alguns fatos que estão sendo abordados nas investigações dos procuradores e se comprometeu a continuar colaborando com a Justiça. Em troca, o Ministério Público garantiu que não pedirá a prisão do ex-ministro.

O acordo, que não é uma delação premiada, foi negociado com o procurador Ivan Marx e assinado há cerca de um mês.

Entre os principais temas que os investigadores do Distrito Federal estão explorando com o petista, segundo a reportagem apurou, são as supostas fraudes ocorridas no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Entre as operações que o Ministério Público no DF conduz sobre o tema está a Bullish, deflagrada em maio deste ano. Ela investiga o suposto favorecimento de empresas como o grupo J&F, controladora da JBS, com aprovação de investimentos de R$ 8,1 bilhões na expansão do grupo.

Envolvidos na negociação afirmaram à reportagem que o acordo firmado por Mantega é diferente da delação premiada, em que o investigado se compromete a revelar fatos em troca de benefícios.

A defesa do político não quis se pronunciar sobre o fato.
 

Redação

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