Política

Para MPF, corrupção é ‘uma das grandes causas de maus governos’

A Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal (MPF) publicou um estudo técnico sobre acordos de leniência e seus efeitos no combate à corrupção. No documento, o MPF enfatiza a importância da Lei Anticorrupção, publicada em 2013, e destaca que a corrupção é “uma das grandes causas de maus governos”.

O estudo também esclarece pontos relevantes sobre os acordos de colaboração premiada com agentes suspeitos de atos ilegais e sobre os acordos de leniência com empresas envolvidas em sistemas de corrupção.

De acordo com o estudo técnico, o instituto da colaboração premiada é essencialmente voluntário e deve ser relevante tanto para quem participou do crime como para quem está fazendo as investigações.

Sobre os acordos de leniência, o MPF destaca que eles configuram mais do que uma “simples confissão”, pois exigem a entrega de dados mais amplos e sensíveis sobre a conduta de terceiros e da própria empresa que está sendo investigada.

“A legislação exige e espera da pessoa jurídica colaboradora uma atitude cooperativa autêntica, desenvolvida de maneira oportuna, ampla e efetiva, em troca dos benefícios legais que pode obter”, explica o MPF.

O estudo ressalta a importância da atuação do Ministério Público na celebração dos acordos, uma vez que “reúne as melhores condições de adotar e negociar instrumentos de consensualidade sobre os fatos em apuração”.

Para os procuradores, “não há como admitir que o acordo de leniência seja celebrado sem a participação” do Ministério Público.

Integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato estão entre os procuradores que ajudaram na elaboração do documento. O grupo afirma que a “prestigiosa operação” se deparou com o “maior caso de corrupção já revelado no país”.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões