Política

Para denunciar o ‘golpe’, Dilma pode se encontrar com o Papa

A Presidente afastada Dilma Rousseff declarou nesta sexta-feira (13) que está disposta até a se encontrar com o papa Francisco durante o período em que estiver longe do Palácio do Planalto.

Perguntada pela sobre uma eventual reunião com o Pontífice argentino, a petista respondeu: "Você pode estar seguro de que eu aceitaria falar com o Papa. Aceitaria porque tenho uma imensa admiração pelo papa Francisco”.

As declarações foram dadas durante uma entrevista a jornalistas da imprensa estrangeira no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, que virou uma espécie de "quartel" de Dilma contra o impeachment.

Na mesma coletiva, a mandatária afirmou que viajará "para onde for convidada" para se defender das acusações contra ela. Na última quarta-feira (11), Jorge Bergoglio havia dedicado uma oração ao Brasil, pedindo que o país encontrasse "harmonia e paz" para sair da crise.

Papa Francisco pede orações para Brasil ter 'harmonia e paz'

O papa Francisco pediu orações nesta quarta-feira (11) para que o Brasil encontre "harmonia e paz" durante a atual crise política que a nação vive. Para isso, o Pontífice invocou a intercessão de Nossa Senhora de Aparecida, a santa católica considerada a padroeira do Brasil. O pedido foi feito durante a tradicional saudação em português na audiência geral na Praça São Pedro.   

É a primeira vez que o sucessor de Bento XVI fala publicamente sobre a crise brasileira. O comentário ocorreu no dia em que o Senado brasileiro decide se afasta ou não a presidente Dilma Rousseff por 180 dias.  

Na semana passada, o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, havia dito à "Rádio Vaticana" que o "Santo Padre está preocupado e que reza pelo nosso país". O religioso ainda contou que Jorge Mario Bergoglio acompanha o desenrolar da crise.  

Na última segunda-feira (9), a atriz brasileira Letícia Sabatella e a juíza Kenarik Boujikian Felippe, que atua no Tribunal de Justiça de São Paulo, se reuniram com o Papa para falar sobre a crise no Brasil e entregar um manifesto de movimentos sociais sobre a situação no país. 

De acordo com Felippe, o Pontífice ficou reunido com elas por mais de uma hora. Já Sabatella informou à "Rádio Vaticana" que Francisco foi "extremamente acolhedor e gentil" e que "disse que vai falar algo sobre o diálogo, que é o princípio da democracia".

A presidente afastada Dilma Rousseff declarou nesta sexta-feira (13) que está disposta até a se encontrar com o papa Francisco durante o período em que estiver longe do Palácio do Planalto.

Perguntada pela ANSA sobre uma eventual reunião com o Pontífice argentino, a petista respondeu: "Você pode estar seguro de que eu aceitaria falar com o Papa. Aceitaria porque tenho uma imensa admiração pelo papa Francisco". 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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