A adolescente paquistanesa foi atingida om um tiro na cabeça em um ataque talibã contra o ônibus escolar no qual ia para o colégio, no dia 9 de outubro de 2012, no Vale do Swat (noroeste do Paquistão). Os talibãs queriam puni-la por seu engajamento em favor do direito das jovens de frequentar a escola. Ela tinha 15 anos quando sofreu o ataque. Outras duas garotas ficaram feridas no ataque.
Malala ficou conhecida após ser revelado que ela era a autora de um blog anônimo sobre a vida no Vale do Swat, localidade onde os militantes talibãs paquistaneses haviam banido garotas de irem à escola. Ela se tornou uma referência na luta pela educação de garotas no país.
A bala que atingiu Malala durante o ataque perfurou a cabeça e o pescoço da garota, ficando alojada em seu ombro. Ela foi levada ao Reino Unido, onde recebeu tratamento médico e mora atualmente. Os talibãs já afirmaram que tentariam um novo ataque contra a adolescente.
Na última sexta-feira (12), Malala disse, durante discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, que não será silenciada por ameaças terroristas. "Eles pensaram que a bala iria nos silenciar, mas eles falharam", afirmou, na Assembleia de Jovens da ONU, no dia em que completou 16 anos.
"Os terroristas pensaram que eles mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na vida, com exceção disto: fraqueza, medo e falta de esperança morreram. Força, coragem e fervor nasceram", completou, em um discurso durante o qual recebeu muitos aplausos.
Além do filme, Malala já está sendo retratada numa biografia, que tem previsão de publicação para setembro.
Uol
Foto: AFP