Sua peregrinação começou na Jordânia, seguiu pelos Territórios Palestinos e foi encerrada em Israel. O papa Francisco pediu nesta segunda em Jerusalém o diálogo entre judeus, cristãos e muçulmanos, em seu último dia de visita à Terra Santa, uma peregrinação permeada por tensões políticas.Com uma agenda intensa e com grande carga simbólica, o pontífice visitou a Esplanada das Mesquitas, terceiro local sagrado do islamismo, e o Muro das Lamentações, um dos mais sagrados da religião judaica.
Diante do grande mufti de Jerusalém, que o recebeu na mesquita, Francisco convidou cristãos, muçulmanos e judeus a serem "agentes da paz e da justiça".O papa se dirigiu às pessoas e comunidades "que se reconhecem em Abraão", ou seja, as três religiões monoteístas. "Minha peregrinação não seria completa se não incluísse também o encontro com as pessoas e as comunidades que vivem nesta terra e por isto fico feliz de poder estar com vocês, amigos muçulmanos", disse o papa ao líder religioso islâmico, Mohamed Hussein.
À tarde, o Papa Francisco celebrou uma missa privada no Cenáculo, no Monte Sião de Jerusalém, local onde os religiosos acreditam que Jesus celebrou a Última Ceia com seus discípulos e instituiu a eucaristia.
Neste domingo (25), o papa Francisco se reuniu com o patriarca ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu, na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, para um encontro ecumênico histórico pela união entre os cristãos.Os líderes católico e ortodoxo assinaram uma declaração comum, pedindo progresso na aproximação entre suas igrejas, quase 10 séculos depois do grande cisma que as dividiu.
No mesmo dia, o Papa Francisco convidou, em Belém, o presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente palestino, Mahmud Abbas, a orar pela paz no Vaticano. Ele também exortou palestinos e israelenses a iniciar um "êxodo" rumo à paz para pôr fim ao sofrimento que castiga a região há décadas.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, aceitou o convite no próprio domingo e o presidente israelense, Shimon Peres, declarou nesta segunda que também irá ao Vaticano, para rezar pela paz no Oriente Médio sob a cúpula de São Pedro, evento que está programada para o dia 6 de junho.O gesto do Papa foi considerado uma tentativa pouco comum e ousada para reativar as negociações entre israelenses e palestinos, paralisadas desde o fracasso em abril de uma mediação americana.
G1