O papa Francisco anunciou nesta quinta-feira (12) sua intenção de criar uma comissão que estude a possibilidade de que as mulheres possam ser diaconisas.
"É uma possibilidade nos dias de hoje", respondeu Francisco à pergunta de uma religiosa durante a audiência que concedeu à União Internacional das Superiores Gerais.
O diaconato é o grau de consagração anterior ao do sacerdócio e nele podem administrar alguns sacramentos, como batismo e casamento, que atualmente só os homens podem receber.
Perante as 900 superiores gerais de vários institutos e congregações religiosas reunidas hoje nesta audiência, Francisco mostrou sua disposição pela primeira vez a que também haja diaconisas
Uma das superiores perguntou por que não instituir uma comissão oficial que estude esta possibilidade. Francisco explicou que comentou com um "sábio professor" o tema das "diaconisas nos primeiros séculos da Igreja, mas não se sabia realmente que papel desenvolviam e sobretudo se tinham sido ordenadas ou não".
"Quanto a criar uma comissão oficial que possa estudar a questão?, acredito que sim. Seria fazer o bem da Igreja e esclarecer este ponto. Estou de acordo e falarei para que se possa realizar algo assim. Aceito a proposta. Parece-me uma coisa útil esta comissão que esclareça bem as coisas".
Esta possibilidade já tinha surgido durante o Sínodo dos bispos de outubro de 2015, quando o arcebispo canadense Paul-André Durocherdurante seu discurso propôs aos demais bispos a possibilidade de estudar que também as mulheres pudessem ser ordenadas como diaconisas.
Segundo o concílio Vaticano II, as funções litúrgicas e pastorais do diácono são: "administrar solenemente o batismo, reservar e distribuir a Eucaristia, assistir ao casamento e benzê-lo em nome da Igreja, (e) levar o viático aos moribundos (comunhão eucarística dada àqueles que estão prestes a morrer) e ler a sagrada Escritura para os fiéis".
Também figuram as funções de "instruir e exortar o povo, presidir o culto e oração dos fiéis, administrar os sacramentos (e) presidir os ritos de funeral e sepultamento".
Fonte: G1