Dessa vez será contra o Palmeiras, hoje, às 19h45, no estádio José Dellagiovanna, com capacidade para 28 mil pessoas, em Victoria, pela terceira rodada da Libertadores.
Com um triunfo e um revés, o Palmeiras almeja ao menos um empate e viajou preparado para encarar um clima hostil, com catimba e pressão da torcida, e um rival desesperado com duas derrotas.
O técnico Gilson Kleina utilizou esses fatores para justificar o mistério na formação titular, mas indicou que o atacante Kléber deve iniciar.
"É um campo pequeno, favorece o contato. A probabilidade de usar um homem de referência é grande. Kléber vem crescendo", disse o treinador, ontem, após o time treinar na arena do jogo.
Já Valdivia foi poupado da atividade, mas fez um trabalho muscular e também deve figurar entre os titulares.
O clima hostil esperado foi amenizado por diretores do Tigre. E, ao menos no discurso, por alguns palmeirenses.
"[A confusão no Morumbi] não foi nada contra o Palmeiras. Eles estão engasgados com o São Paulo", disse o goleiro Fernando Prass.
Inicialmente o Palmeiras cogitou reforçar a segurança, mas depois desistiu.
Um dos argumentos é que a Conmebol deve fiscalizar com mais rigor os jogos após problemas recentes –como a morte de um torcedor na Bolívia no jogo entre San José e Corinthians e a briga de torcedores de Vélez e Peñarol.
Nem mesmo a fama que a torcida do Tigre ostenta, com casos recentes de violência, provocou alteração na programação do Palmeiras.
No domingo, o Tigre jogou com os portões fechados ante o All Boys pelo Campeonato Argentino, como punição por conta da morte de um torcedor em confronto entre duas facções do próprio clube antes do duelo contra o River Plate, no dia 24 de fevereiro.
O compromisso com o Palmeiras marcará o reencontro do Tigre com sua torcida.
Sobre a confusão nos vestiários do Morumbi, em que jogadores argentinos entraram em confronto com seguranças do São Paulo, o Tigre anunciou ontem que entrou com recurso contra a multa de US$ 100 mil (R$ 200 mil).
RETROSPECTO
O Palmeiras não triunfa na Argentina desde 2000, ano em que ganhou do Independiente pela Copa Mercosul.
Na Libertadores, o jejum é maior. Até hoje a única vitória foi obtida em 1961, quando bateu o Independiente por 2 a 0. Desde então foram sete jogos na Argentina, com três empates e quatro derrotas.
A última partida pela Libertadores no país foi em 2008 contra o Rosário Central –2 a 2. Em 2010, o Palmeiras perdeu para o Argentino Juniors por 2 a 0 pela Copa Sul-Americana.
NA TV
Tigre x Palmeiras
19h45 Fox Sports
Fonte: FOLHA.COM