Conhecido como "Palhaço Sapequinha", ele é formado em artes cênicas e trabalhava dando aulas em uma escola de circo, em um projeto de extensão mantido pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), no Setor Dom Pedro I. Segundo a polícia, os abusos aconteciam desde que a menina, que era aluna dele, tinha apenas 11 anos.
Segundo a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Renata Vieira, o homem é casado e tem dois filhos. Mesmo assim, teria feito promessas à garota de que deixaria a família para viver com ela. A jovem chegou a ganhar uma aliança de presente.
"Ele disse que a menina sofria preconceito por ser negra e que ela estava com a auto estima em baixa. Com a desculpa de apoiá-la, se aproximou dela e começou a estuprá-la"", disse Renata ao G1, confirmando que o homem confessou os atos sexuais.
A polícia chegou ao palhaço depois de uma denúncia da família da garota que, segundo a delegada, não sabia dos abusos. A mãe de uma das colegas da adolescente teria contado o fato para a mãe da vítima.
Em depoimento à polícia, a menor também confirmou que manteve relações sexuais com o professor. De acordo com a delegada, os dois estavam tão envolvidos que já tinham até marcado uma viagem romântica para o município de Terezópolis de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia.
O homem está preso temporariamente e responderá judicialmente pelo crime de estupro de vulnerável. Se condenado, ele pode pegar de oito a 15 anos de detenção.
Cartas
Renata Vieira informou que a menor acabou se apaixonando pelo palhaço e enviou algumas cartas com conteúdo amoroso para ele. Ao saber disso, a universidade interveio e advertiu o funcionário.
Procurada pelo G1, a assessoria de comunicação da PUC informou que já tomou conhecimento do fato e que uma portaria já foi baixada suspendendo o funcionário até que toda a situação se esclareça.
Fonte: Repórter do Araguaia