A escrivã Henriete Negrão afirmou que o pai e mãe das crianças informaram que a arma, uma espingarda de pressão, ficava guardada no quarto deles, e que o acidente aconteceu logo depois do almoço, quando eles estavam dormindo antes de voltar ao trabalho. "O pai disse que não sabe quando os filhos pegaram a arma. Ele [pai] relatou que acordou primeiro com os gritos e, quando chegou do lado de fora da casa, viu os filhos no chão, com o irmão mais velho segurando o outro no colo e chorando”, contou.
Em seguida, a mãe teria acordado também. Desesperados, os pais decidiram levar o menino para um hospital de Cuiabá. Entretanto, o pai não teria conseguido dirigir porque estava muito abalado e pediu ajuda de um vizinho, que também foi ouvido pela polícia. A família trouxe a vítima até a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Cuiabá, onde uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) já aguardava para levá-lo ao hospital. Contudo, o menino morreu a caminho da unidade de saúde.
O irmão que efetuou o disparo não foi ouvido na delegacia por ter 12 anos. "Ele foi encaminhado para uma psicóloga do Centro de Assistência Social, que já é preparada para tratar de casos como esse. Ela fará um relatório e nos enviará, o que irá contribuir com as investigações”, disse Henriete.
Além disso, a polícia está aguardando o resultado do exame de eficiência da arma. “ As evidências apontam que tenham ocorrido um acidente mesmo. O disparo atingiu as costas da criança, e fez um pequeno furo, o que indica que não foi um tiro a queima-roupa”, explicou a escrivã.
G1