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Pai diz que filho foi expulso de loja de roupas por ser negro

Um homem disse que seu filho foi expulso de uma loja de roupas na Rua Oscar Freire, em São Paulo, por ser negro. A crítica a uma funcionária da Animale foi postada no Facebook e recebeu mais de 2.400 compartilhamentos.

A confusão aconteceu no sábado (28), na via famosa por concentrar lojas de grifes luxuosas. O norte-americano Jonathan Duran disse por meio da rede social que estava na porta do estabelecimento com a criança, que tem 8 anos, e, ao se afastar para fazer uma ligação, foi abordado por uma lojista.
A mulher teria confundido o menino com um vendedor de rua. “Chegou irritada e falou para mim: ‘Ele não pode vender coisas aqui’. Olhei para ela sério e respondi: ‘Ele é meu filho’”, contou, no Facebook. “Em certos lugares em São Paulo, a pele do seu filho não pode ter a cor errada.” O G1 entrou em contato com Duran, mas não obteve retorno até as 19h30.

A Animale Brasil disse que já entrou em contato com Duran e "reitera que repudia qualquer ato de discriminação". "O caso está sendo apurado internamente", afirma nota para a imprensa.

A empresa também se manifestou sobre o caso por meio da rede social. “No último sábado fomos pegos de surpresa por um episódio inesperado. Contudo, o mais importante é a tomada de consciência, que estamos tendo internamente, para reforçar valores desta empresa que acabamos de descrever”, diz a nota. “Somos e acreditamos na diversidade em todos os sentidos. Definitivamente somos uma empresa que repudia qualquer atitude de discriminação e preconceito.”

Duran criticou a posição da empresa em sua página. “Muito fraco o pedido de desculpas. É como lamentar que choveu em dia de piquenique. Estou fazendo tudo isso para promover a mudança social para meu filho e todas as crianças terem um futuro melhor. Ainda não vejo vocês contribuindo para isso.”

Em outro post nesta terça-feira (31), ele voltou a citar o episódio. “Não importa quantas vezes você lê sobre esses casos de racismo, nada te prepara para o choque quando acontece com seu filho. Provavelmente vão dizer que foi um ‘mal-entendido’ (mesmo quando as crianças negras têm o azar dos mal-entendidos sempre acontecerem com elas). No entanto, minha preocupação é quando o ‘mal-entendido’ não é mais com uma vendedora de uma loja, mas com um policial armado”, afirmou.

Fonte: G1

Redação

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