Foto: Arquivo CMT
Superlotação e muita espera para ser atendido e amenizar dores no corpo. Esta foi a situação relatada por cuiabanos que procuraram os atendimentos médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, durante todo o dia desta quinta-feira (15).
A empregada doméstica, Daniela Dias, denunciou ao Circuito Mato Grosso que procurou a UPA, após passar mal por dois dias. Porém, ao contrário do que gostaria, não conseguiu ser atendida pelos dois médicos que estavam de plantão. Ela chegou à unidade de saúde por volta das 07 horas da manhã, como não havia sido atendida até às 17 horas, desistiu e voltou para sua casa, mesmo não tendo melhorado.
“Fiquei lá desde a 07 horas da manhã e não consegui ser atendida, voltei para casa. Estou há três dias com diarreia, febre, muita dor abdominal e saindo sangue na urina”, afirmou.
Daniela explica que chegou a passar pela triagem, quando enfermeiras mediram sua pressão arterial, porém, a fizeram esperar, já que os atendimentos estavam sendo feito apenas para casos considerados de extrema gravidade. “Havia muita gente na espera, os médicos chamavam um e demoravam quase uma hora para chamar outro [paciente]”, relatou.
Preocupada com o estado de saúde, Daniela irá buscar a ajuda de familiares para procurar uma consulta particular, já que antes de ir a UPA Morada do Ouro, na quarta-feira (14), ela já havia ido à Policlínica do Verdão e não conseguiu ser consultada.
Caso corriqueiro
Em maro deste ano, vereadores da capital realizaram uma “blitz” na UPA Morada do Ouro e, entre outras irregularidades, constataram a falta de médicos para o atendimento a população.
Eles chegaram a elaborar um documento, que foi entregue ao secretário municipal de saúde, Ary Souza.
“Em todas elas foi unânime a reclamação a cerca da ausência de Mao de obra especializada. No momento da visita, o quadro médico da UPA estava com déficit de dois funcionários”, alegou o vereador Toninho de Souza (PSD), na ocasião.
Outro lado
Por telefone, a reportagem do Circuito Mato Grosso tentou contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, porém, não teve êxito.