Um homem, de 57 anos, foi internado isolado de outros pacientes, na tarde desta quinta-feira (25) com suspeita de H1N1, na UPA Morada do Ouro. O paciente veio de uma consulta ambulatorial no Hospital Universitário Júlio Muller, com febre (de 7 dias), tosse e quadro viral.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o homem já havia apresentado anteriormente um quadro de pneumonia grave e tuberculose. Os sintomas da gripe H1N1 são bem parecidos com os da gripe comum (febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios) e a transmissão também ocorre da mesma forma.
Diante do quadro clínico, ao chegar à unidade de saúde, ele foi isolado, medicado e material colhido para exame laboratorial. Até à tarde desta sexta-feira (26) o resultado ainda não havia saído.
Por precaução, os usuários que estavam aguardando, foram informados que a unidade seria higienizada e desinfectada conforme Protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde, sendo em seguida aberta, voltando ao atendimento normal. A higienização durou cerca de 2 horas.
O homem foi encaminhado para uma sala de isolamento da UPA e aguarda transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em 2016, foram confirmados 28 casos de um total de 152 notificações à Vigilância em Saúde e uma morte. Em 2017, foram notificados 36 casos e 1 foi confirmado como vírus da gripe H1N1.
Vacinação
A recomendação da Secretaria de Saúde é que a população se vacine contra a gripe H1N1. Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas ou imunodeficiências são mais vulneráveis. Após os sintomas, o tratamento deve iniciar em 48 horas, com orientação médica.
Em Cuiabá, segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), do Ministério da Saúde, na capital, 34,55 % das 40.201 crianças de 6 meses a menores de 2 anos foram vacinadas; 46,89% dos 13.499 trabalhadores da Saúde; 37,87% das 8.024 gestantes; 60,96% das 1.319 puerperas e 63,98% dos 45.649 idosos; já foram imunizados.
Até agora, nenhum dos grupos prioritários atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, de imunizar 90% da população dos grupos prioritários. A campanha de vacinação foi prorrogada até o dia 09 de junho.
Desde o dia 17 de abril, a vacina contra a gripe está disponível nos postos de. A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina é segura e considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.