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País tem déficit em conta corrente de US$ 8,75 bi em março

O Brasil teve déficit de US$ 2,245 bilhões na conta corrente em março, após um saldo negativo de US$ 8,758 bilhões em fevereiro, informou na segunda, 28, o Banco Central (BC). O rombo foi menor do que a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de déficit de US$ 3,3 bilhões – todas as estimativas do mercado indicavam saldo negativo, de US$ 15,274 bilhões a US$ 1,90 bilhão. Em março de 2024 o País registrara déficit de US$ 4,087 bilhões nesse indicador.

A conta corrente – que inclui o fluxo de bens, serviços, rendas e transferências entre o País e o resto do mundo – agora tem saldo negativo de US$ 19,67 bilhões no acumulado do ano. Em 12 meses, porém, o rombo recuou de 3,28% do Produto Interno Bruto (PIB), em fevereiro, para 3,21% em março.

No mês passado, a balança comercial teve superávit de US$ 7,637 bilhões, enquanto a conta de serviços teve déficit de US$ 4,352 bilhões e a conta financeira foi negativa em US$ 3,812 bilhões. Já a conta de renda primária ficou negativa em US$ 5,781 bilhões.

O BC projeta déficit de US$ 62 bilhões nas transações correntes e a entrada líquida de US$ 70 bilhões em Investimento Direto no País (IDP) neste ano, segundo os dados mais recentes do Relatório de Política Monetária (RPM), de março.

A projeção da autarquia para o superávit comercial ao longo de 2025 é de US$ 65,0 bilhões.

Avaliação

Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, o saldo maior da balança comercial e uma redução do resultado negativo da renda primária ajudaram a reduzir o rombo das transações correntes em março.

“Essa elevação apenas da balança comercial foi equivalente a US$ 1,3 bilhão, ou 70% daquela redução no déficit corrente de US$ 1,8 bilhão. O resultado foi o principal responsável pela redução do déficit em transações correntes, fundamentalmente do aumento das exportações”, disse Rocha, ressaltando que no primeiro trimestre o saldo comercial caiu praticamente pela metade, passando de US$ 16,3 bilhões para US$ 7,9 bilhões.

Sobre a conta de serviços, o técnico do BC salientou que, no acumulado do ano, houve um crescimento mais significativo do déficit, que atingiu US$ 12,7 bilhões. O resultado da rubrica ajudou no aumento do déficit corrente do trimestre a atingir US$ 19,7 bilhões no primeiro trimestre. A elevação, de acordo com ele, foi de 58,7%.

Estadão Conteudo

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