Iniciou-se a campanha Outubro Rosa que alerta sobre a detecção precoce do câncer de mama. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer indica 156 casos de câncer de mama diagnosticados diariamente em mulheres.
Entre os povos indígenas todos os tipos de câncer são diagnosticados, com exceção do câncer de mama. Em 2011, o Congresso Mundial de Cancerologia na China apresentou resultados da pesquisa realizada por um médico cuiabano do Hospital Santa Rosa com mulheres da etnia Xavante, da aldeia Sangradouro, Primavera do Leste. Os estudos iniciados na década de 1990 apontaram a ausência absoluta de câncer de mama entre as mulheres daquela etnia.
As análises de 198 mulheres com idade entre 13 e 82 anos mostraram que a imunidade pode estar no DNA das índias, que leva seus organismos a produzirem menos estrogênio e progesterona, hormônios associados ao surgimento do câncer de mama. A pesquisa também mostrou que o padrão de escolha de parceiros entre esses índios reforça esse aspecto, pois o casamento se dá entre parentes por parte de mãe, estabelecendo um padrão genético exclusivo, quando o fator protetor possivelvemente é transmitido de mãe para filha. E, ainda, que alguns costumes aumentam a proteção contra o câncer de mama devido à gestação precoce, amamentação e ao fato de terem muitos filhos, uma média de 8,6.
Para o Ministério da Saúde, o principal fator de risco do câncer de mama é a idade, com um acelerado número de casos após os 50 anos. Sua ocorrência está relacionada ao processo de urbanização da sociedade, com maior risco de adoecimento nas mulheres com elevado nível socioeconômico.
A campanha Outubro Rosa para conscientizar mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce é, sem dúvida, um necessário início de conversa.