O ouro encerrou em queda nesta quarta-feira, 24, após renovar recorde nas três sessões anteriores, pressionado por um dólar mais forte, depois do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, adotar um tom cauteloso sobre novos cortes nas taxas de juros na terça-feira, 23.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro encerrou em baixa de 1,24%, a US$ 3.768,10 por onça-troy, após tocar US$ 3.764,50 na mínima do dia. Já a prata, bateu maior nível em 14 anos na terça e agora se afasta da marca, a US$ 44,19 por onça-troy.
Em discurso contido sobre o futuro da política monetária dos EUA, Powell ponderou na terça-feira o arrefecimento do mercado de trabalho e alertou sobre a alta do mercado acionário.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou nesta quarta que o presidente do Fed já deveria ter sinalizado um corte acumulado de 100 a 150 pontos-base (pb) para as próximas reuniões de 2025 e 2026. Agora, investidores mantém a atenção para os dados de inflação do PCE de sexta-feira.
Assim, apesar das perdas da sessão, os preços do metal dourado estão a caminho de seu maior rali anual desde 1979, após ultrapassarem a marca de US$ 3.800 por onça-troy, de acordo com a Saxo.
“A velocidade do movimento destaca o quão superficiais foram as correções nas últimas semanas e meses, à medida que as quedas continuam a ser encontradas com novo interesse de compra, um padrão consistente com um suporte macro mais amplo, em vez de apenas uma espuma especulativa”, dizem analistas da empresa.
De forma semelhante, os futuros da prata podem subir para US$ 46 a onça-troy, ou até mais, até o segundo trimestre de 2026, impulsionados pela demanda por refúgio seguro e uma forte relação inversa com o dólar, pontua o Commonwealth Bank of Austrália.
*Com informações da Dow Jones Newswires