O contrato mais líquido do ouro fechou pelo terceiro dia consecutivo em alta nesta quarta-feira, 2, em meio à incerteza com as negociações comerciais dos EUA e a continuidade da demanda por moedas porto-seguro.
O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 0,29% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia em US$ 3.359,70 por onça-troy.
Nesta quarta-feira, o Irã suspendeu a cooperação com a agência atômica das Nações Unidas, ameaçando aumentar as tensões geopolíticas com os EUA e o restante do Ocidente global. Ao mesmo tempo, a incerteza do mercado em relação à política comercial de Washington é alta antes de 9 de julho, data de expiração da prorrogação de 90 dias das chamadas tarifas “recíprocas” do presidente Donald Trump.
O secretário-geral do partido comunista do Vietnã, Tô Lâm, confirmou que garantirá acesso de mercado preferencial para bens americanos, incluindo automóveis, em conversa por telefone com Trump nesta manhã. Em troca, os EUA reduzirão as tarifas recíprocas em muitas exportações vietnamitas. O governo americano prometeu que mais acordos estão sendo elaborados.
Apesar dos ganhos da sessão, a alta do ouro parece ter chegado ao fim, dizem os analistas da BMI, uma empresa da Fitch Solutions. O metal precioso ainda permanece em um pedestal devido à incerteza comercial, ao aumento das tensões geopolíticas, a um dólar mais fraco e ao aumento das compras dos bancos centrais. Entretanto, seria necessária uma guerra regional no Oriente Médio ou um grande corte na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) para que o ouro ultrapassasse a última alta histórica de US$ 3.500 por onça-troy em abril, apontam os analistas.
O BMI mantém sua previsão de preço médio anual da commodity para 2025 em US$ 3.100 por onça-troy.
*Com informações da Dow Jones Newswires