Internacional

Oscar Pistorius é libertado sob fiança

A decisão foi confirmada nesta sexta-feira pelo juiz Desmond Nair em julgamento realizado em Pretória, na África do Sul. As condições exatas do pagamento da fiança serão divulgadas ainda nesta sexta.

De acordo com informações da rede americana CNN, Pistorius "tremia e chorava" enquanto acompanhava o longo pronunciamento de Nair, que resumiu todas as evidências relativas ao caso antes de comunicar a decisão.

?Após uma série de adiamentos e cinco dias de audiência sobre sua liberdade mediante o pagamento de fiança, o atleta foi liberado para esperar o julgamento em liberdade ou na prisão.

O promotor do caso, Gerrie Nel, opunha-se à liberdade de Pistorius, argumentando que a condição de atleta internacional do acusado aumenta as probabilidades de que ele tente escapar da África do Sul.

Nair, porém, apontou que "não foi estabelecido" esse risco. Segundo o juiz, Pistorius é "um atleta profissional que viaja o mundo todo, mas sempre morou na África do Sul e que tem significantes posses" no país. De acordo com Nair, o velocista também se prontificou a entregar o passaporte.

Segundo o juiz, três pontos eram necessários para o pagamento da fiança de Pistorius ser garantida: que ele não deixaria o país, que não tentaria intimidar testemunhas e que não seja considerado uma pessoa perigosa.

A Promotoria insiste em sua versão de que Pistorius é culpado de "assassinato premeditado", enquanto a defesa sustenta que o velocista disparou em sua namorada – de 29 anos e encontrada morta na casa de Pretória do atleta, na madrugada do dia 14 de fevereiro – através da porta fechada do banheiro pensando que se tratasse de um ladrão.

O corredor, 26 anos, fez história em agosto em Londres ao se transformar no primeiro atleta com as duas pernas amputadas a participar dos Jogos Olímpicos.

Entrando em mais detalhes sobre o caso, Nair disse ter dificuldade em entender por que Pistorius não se certificou do local onde estava sua namorada antes de atirar no banheiro. O juiz ressaltou ainda um número de "erros" no início da investigação, comandada pelo delegado Hilton Botha; entre esses estão a falha em rastrear telefones celulares e a possível contaminação da cena de crimes devido ao fato de Botha ter entrado no local sem usar um tipo de cobertura em seus sapatos.

Nair também destacou um "erro" de Botha quando o delegado sugeriu que testosterona havia sido encontrada na casa de Pistorius; mais tarde, descobriu-se que a substância era uma planta medicinal.

Fonte: Jornal do Brasil  | TERRA

Redação

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