Os resultados serão publicados no periódico The Astrophysical Journal no dia 10 de março.
O experimento mostrou que as condições do espaço eram capazes de criar dipeptídeos (par de aminoácidos interligados), essenciais para a formação de proteínas, enzimas e moléculas mais complexas, como açúcares, que são necessárias à vida.
Apesar de os cientistas já terem descoberto moléculas orgânicas mais simples, como aminoácidos, em meteoritos que caíram na Terra, até hoje não foram encontradas estruturas mais complexas. Por essa razão, a teoria mais aceita é a de que a 'química da vida' teria se originado nos oceanos primitivos do planeta.
Experimento – Em uma câmara de vácuo, com temperatura de dez graus acima do zero absoluto (menor temperatura possível), os pesquisadores reproduziram a camada de gelo que recobre a superfície dos cometas, incluindo dióxido de carbono, amônia e hidrocarbonetos como metano, etano e propano (compostos de carbono e hidrogênio). Quanto atingidos por elétrons de alta carga energética, para simular os raios cósmicos no espaço, os compostos químicos reagiram e formaram compostos orgânicos complexos.
Os resíduos formados foram analisados em laboratório por um instrumento ultrassensível de detecção de moléculas orgânicas no sistema solar, que encontrou nove aminoácidos diferentes e dois dipeptídeos. Para os autores, essas moléculas poderiam ter chegado à Terra por meteoritos e cometas, originando a vida como conhecemos hoje.
Fonte: PrimeiraHora | Veja Notícias