Política

Oposição não indicará membro para a CPI que apurará atividades de fundos

O grupo de deputados da oposição ao governo Pedro Taques não fará indicação de integrante para CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investigará as atividades de fundos executivos, no prazo estabelecido pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB). A líder do grupo, Janaína Riva (PMDB), disse que aguardará a definição de um bloco parlamentar para apresentar nome. O grupo tem direito a uma indicação, dos cinco que deverão compor a CPI.

“Eu não vou apresentar nenhum nome porque o grupo de deputados descontentes [com a situação de apoio a Taques] pediu que se aguardasse a formação do novo bloco para definir quem será o indicado. Então, eu vou esperar”.

O líder do governo, Dilmar Dal Bosco (DEM) apresentou os quatro nomes dos indicados na semana passada. Segundo o democrata, as indicações foram feitas no prazo de 24 horas convocadas por Botelho. Dal Bosco não divulgou os nomes, mas uma fonte disse à reportagem que Mauro Savi (PSB), Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD) e Baiano Filho (PSDB) estão na lista.

“Eu apresentei os nomes ao presidente e cabe a ele agora decidir o que fazer. Fui convocado a apresentar nomes num prazo de 24 horas, na semana passada, e assim eu fiz. Agora, se haverá contestação ou não, não sei”.

Um novo bloco de deputados, antes da base do governo de Pedro Taques, começou a ser articulado na semana passada durante as sessões de votação das contas do exercício de 2016 do Executivo e a formação de coalização para criação da CPI dos fundos. O grupo liderado por Oscar Bezerra (PSB) e José Domingos Fraga (PSD) poderá ser formado por até 16 parlamentares, a maioria deles signatária da instalação da CPI – a criação da comissão teve participação de 11 deputados da base e outros cinco da oposição.

O descontentamento com Pedro Taques vem do atraso nos repasses das emendas impositivas, indicadas para obras pelos parlamentares em suas respectivas bases eleitorais.

Na semana passada, Eduardo Botelho disse que irá indicaria os membros da CPI caso o prazo regimental, de cinco dias com prorrogação de até 48 horas, não fosse respeitado. Janaína Riva disse hoje que deixará a prerrogativa ao presidente da Assembleia.

“Vou deixar o presidente indicar o nome como ele disse. Acredito que a indicação do nosso grupo agora não atenderia um consenso. Então, para ser até justa, vou esperar a eventual formação de novos blocos”.

Já Dal Bosco afirma que este não é o momento para integrar um novo grupo nas articulações dos parlamentares. Ele disse que o assunto deverá ser discutido na volta dos parlamentares às atividades da Assembleia, após o carnaval, o que empurra a participação de um novo bloco para fora da participação da CPI.

“Isso tem que ser discutido na volta das atividades, não é para agora. Mas, os deputados fazem o que lhes tem direito”.

Conforme Janaína Riva, a espera pela formação de um novo bloco, para a indicação à CPI, faz parte de integração do atual grupo de oposição ao governo. A articulação está sendo feita para costurar indicações para comissões nas atividades deste ano.

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Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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