Cerca de sete mil funcionários da Embraer, em São José dos Campos, aprovaram em assembleia na manhã desta terça (21) uma paralisação de 24 horas. A categoria paralisou as atividades em protesto à proposta de Participação de Lucros e Resultados (PLR) oferecida pela empresa.De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, os cerca de sete mil funcionários do primeiro turno e do setor administrativo rejeitaram a proposta de PLR de R$ 900 com adicional de 0,12% sobre o valor do salário e de reajuste salarial de 6, 6%.
Os funcionários reivindicam entre 9% a 10% de reajuste. Quem estava negociando com a Embraer era uma comissão interna e os funcionários votaram nesta manhã a favor de que o Sindicato represente eles nessa negociação, disse José Dantas Sobrinho, diretor do sindicato.Além da PLR, os trabalhadores também protestam contra a geração de empregos na produção do KC-390, que será apresentado nesta terça-feira à imprensa. "À princípio a ação é por 24 horas, mas pode se transformar em uma greve por tempo indeterminado. Hoje a empresa lança um cargueiro, que é um projeto com dinheiro público, mas que 70% dos empregos está sendo gerado em outros locais, fora do Brasil", disse o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, conhecido como 'Macapá'.
O sindicato informou que uma nova assembleia deve ser realizada na manhã desta quarta-feira (22) para decidir se a paralisação será mantida ou se os funcionários voltam ao trabalho. Em setembro, os funcionários já haviam rejeitado a proposta de 5, 35% de reajuste proposto pela empresa.
Por nota, a Embraer informou que a negociação salarial da data-base 2014 está sendo conduzida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que representa as empresas do setor na região. A empresa informou ainda que "mbora ainda não tenha havido acordo entre as partes, a Embraer aplicou reajuste de 5,30% nos salários de seus empregados já a partir do mês de setembro como uma antecipação por conta da data-base".
G1