Maciel era um trabalhador terceirizado contratado pela empresa ETEL Energia que faz parte do consórcio CLE, responsável pelo setor de TI do estádio. A ETEL Energia é de Campinas, interior de São Paulo, os responsáveis pela empresa estão a caminho de Cuiabá onde devem conceder coletiva a imprensa ainda na tarde de hoje.
Muhammad'Ali era casado e tinha dos filhos da primeira união. O irmão da vítima, Cunto Afonso, esteve na Arena Pantanal logo após o acidente e disse que irá processar a Secopa.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Joaquim Santana, também esteve na Arena e disse que ainda não é possível afirmar que o trabalhador usava todos os equipamentos de proteção individual, embora a Secopa alegue que o profissional fazia o uso de EPI´s.
"Lamentével essa morte, já com os trabalhos perto de serem concluídos. Estávamos orgulhosos em terminar a Arena sem nenhum acidente fatal", lamentou o sindicalista.
A Politec chegou a Arena Pantanal às 13h10 e reitirou o corpo do operário da Arena pouco antes das 15h.
Mortes
Esta é a primeira morte registrada na Arena Pantanal. Contudo, o oitavo acidente com vítima fatal em Arenas construídas para a Copa do Mundo. Três operários morreram na Arena do Corinthians, em Itaquera, três na Arena Amazônia, em Manaus e um no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
No Itaquerão morreram Fábio Hamilton da Cruz, em março após queda de uma altura de oito metros e Fábio Luiz Pereira e Ronaldo Oliveira dos Santos foram vítimas da queda de um guindaste em 27 de novembro de 2013.
Em Manaus, Antônio José Pita Martins, morreu em fevereiro enquanto passava por uma cirurgia depois de um acidente na desmontagem de um guindaste . Em dezembro do ano passado, o operário Marcleudo de Melo Ferreira, morreu ao sofrer queda de uma altura de cerca de 35 metros na instalação dos refletores da Arena. Horas depois, o operário José Antônio da Silva Nascimento enfartou enquanto cumpria com suas obrigações.
Em março de 2013, Raimundo Nonato Lima Costa se desequilibrou e caiu de uma altura de cinco metros e morreu na mesma obra. A primeira morte registrada nas arenas do Mundial foi em junho de 2012. O ajudante de carpinteiro José Afonso de Oliveira Rodrigues, morreu após cair de uma laje com 30 metros de altura no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Atualizada 15h40.