A investigação sobre o roubo e furto de cargas em Mato Grosso realizada em Mato Grosso pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, apreendeu neste ano 90 toneladas entre cargas de soja, milho, sal e óleo em operações realizadas pela unidade especializada.
Para combater esses crimes no estado, três grandes operações foram realizadas ao longo do ano – a Piratas do Agro, deflagrada em março; a Grãos de Areia, conduzida pela Derf de Rondonópolis e GCCO, em julho; e a Safra 2, deflagrada em setembro.
Na última, uma das principais operações policiais no combate aos crimes de furtos de cargas de soja e milho em Mato Grosso foram cumpridas 26 ordens judiciais contra alvos investigados por associação criminosa, furto qualificado, receptação qualificada, falsificação de documento e falsidade ideológica.
O inquérito policial foi concluído com 79 pessoas investigadas e contou com mais de quatro mil páginas de documentos remetidos à Justiça. Entre os investigados estavam caminhoneiros, aliciadores e empresários.
O grupo criminoso causou um prejuízo superior a R$ 16 milhões de reais a diversas empresas transportadoras, e seguradoras ligadas ao setor do agronegócio mato-grossense. A quadrilha agia, aliciando motoristas de caminhões.
As investigações conseguiram apurar que, aproximadamente, 152 cargas foram desviadas no período de um ano, o que equivale a 6 milhões de quilos de soja e milho.
Redução nos furtos
Para o delegado da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato, o resultado da operação Safra 02 foi visível, impactando diretamente nas estatísticas de roubo e furtos desse tipo de carga, em comparação ao ano de 2021. Os furtos de cargas apresentaram uma redução de 32% neste ano, conforme registros obtidos até o mês de novembro, conforme dados do Observatório da Secretaria de Estado de Segurança Pública.
“As ações de combate aos crimes relacionados ao agronegócio no estado de Mato Grosso são uma das prioridades da GCCO para o próximo ano, especialmente, na repressão aos crimes violentos registrados em nossas rodovias durante os transportes de cargas, bem como nas propriedades rurais de todo o estado”, pontuou o titular da unidade especializada.