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Operação Rastro de Érebo investiga cooperativas por extração ilegal de minérios em Mato Grosso

Uma cooperativa investigada pela Polícia Civil de Mato Grosso é suspeita de realizar extração ilegal de minérios em áreas de preservação permanente nos municípios de Peixoto de Azevedo e Matupá. A ação faz parte da Operação Rastro de Érebo, deflagrada nesta segunda-feira (20), pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), com o objetivo de coibir crimes ambientais em regiões impactadas pela mineração clandestina nos rios Peixoto e Peixotinho.

Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em cooperativas localizadas em Peixoto de Azevedo que atuavam sem licença ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). A Justiça determinou o bloqueio das atividades, a interdição dos empreendimentos até regularização junto aos órgãos competentes e a inutilização das balsas quando não for possível removê-las. Também foi imposta multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

A ação contou com apoio de 41 profissionais das forças de segurança e de órgãos ambientais, incluindo equipes da Dema, Core, Bope, Ciopaer, Politec, Sema, Ibama e da Delegacia Regional de Sinop. O trabalho foi realizado por vias fluvial, aérea e terrestre, utilizando 13 viaturas, cinco embarcações e um helicóptero. O objetivo é conter o avanço da degradação ambiental provocada pela atividade ilegal.

As investigações começaram em junho, após denúncias sobre o aumento da poluição e do assoreamento dos rios da região. De acordo com a Polícia Civil, a mineração clandestina vem comprometendo o equilíbrio ecológico e a qualidade da água que abastece as cidades de Peixoto de Azevedo e Matupá. O delegado Guilherme Pompeo destacou que a ação dos garimpos ilegais causou erosão nas margens, destruição da vegetação nativa e contaminação por metais pesados, colocando em risco a fauna, a flora e a saúde pública.

Segundo a delegada Liliane Murata, titular da Dema, a operação representa um esforço conjunto para reduzir os danos ambientais e proteger os recursos naturais do Estado. “O objetivo é restabelecer a sensação de segurança e proteger a saúde da população e do meio ambiente, que, quando explorado de forma sustentável, gera benefícios à sociedade, mas, quando degradado, causa prejuízos irreversíveis”, afirmou. O nome “Rastro de Érebo” faz referência à divindade grega que simboliza a escuridão e as regiões ocultas da Terra — uma alusão ao caráter clandestino da mineração ilegal.

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