A Operação Chapeiro 2 da Polícia Civil cumpriu, nesta segunda-feira (15), cinco mandados de buscas contra o grupo que é suspeito pela da execução do advogado Antônio Padilha de Carvalho, em Cuiabá, em 4 de dezembro de 2019. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e em Barão de Melgaço, a 121 km da capital.
De acordo com a Polícia Civil, na segunda fase da operação, foram apreendidos celulares e documentos nos endereços alvos das ordens judiciais.
O delegado da Polícia Civil Marcel Gomes, que cumpriu os mandados de busca e apreensão, disse que com as investigações, a polícia está descobrindo novas atualizações sobre o caso.
"Hoje chegou ao nosso conhecimento que logo após a prática do crime os suspeitos pararam sobre o Rio Cuiabá e se desfizeram dos celulares. Podemos afirmar que de fato esses fatos aconteceram. Os documentos quanto os celulares serão analisados e esperamos nos próximos dias acrescentar algo novo na investigação", contou.
Conforme o delegado, nos próximos 20 dias, a polícia deve concluir as investigações.
A Operação foi deflagrada no dia 9 de agosto, pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), com o cumprimento de quatro mandados de prisão contra o grupo envolvido no homicídio.
Foram presos dois investigados como mandantes do assassinato, outro por agenciar o crime e outro por atrapalhar as investigações.
A operação, conta com a participação de 30 policiais e equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE).
Entenda o caso
Antônio Padilha, de 60 anos, foi morto no dia 4 de dezembro de 2019, no cruzamento da Rua Benedito de Camargo com a Avenida Dante Martins de Oliveira, no Bairro Jardim Leblon, em Cuiabá.
Conforme a Polícia Civil, ele conduzia seu veículo e tinha como passageira a esposa, que foi atingida por estilhaços da munição. Padilha chegou ao cruzamento das duas vias e parou em um semáforo. Uma motocicleta com dois ocupantes emparelhou com o carro do advogado e um dos suspeitos disparou cinco vezes, atingindo-o na cabeça, pescoço e tórax.
Na apuração do crime, foi possível identificar a movimentação dos suspeitos, que já estavam rodando a vítima desde o bairro Altos do Coxipó, onde o advogado residia.
Além das imagens, depoimentos colhidos pela DHPP comprovam que os dois ocupantes da motocicleta são as mesmas pessoas que seguiram o carro da vítima e depois a executaram.